O Guarani promete acionar todos os meios possíveis para alcançar o que chama de “reparação de uma enorme injustiça”. O clube não economizou nas manifestações contrárias à arbitragem depois da derrota por 2 a 0 no Dérbi 209, domingo (9), no Moisés Lucarelli. A polêmica marcação do primeiro pênalti, seguida pela expulsão do zagueiro Lucas Rafael, foi considerada repugnante pelo clube.
O alvo é o árbitro Fifa Raphael Claus, que na semana anterior também teve a atuação criticada no dérbi da capital, tanto por palmeirenses quanto corintianos. O clássico terminou 1 a 1.
O polêmico e decisivo lance do duelo campineiro aconteceu aos 26 minutos do primeiro tempo. Lançado na corrida, o atacante pontrepretano Jean Dias caiu na área em disputa com o zagueiro bugrino Lucas Rafael, que usa o braço junto ao adversário, mas em proporção de força duvidosa. Claus, além de marcar pênalti, aplicou cartão amarelo para o zagueiro.
Acionado pelo VAR, o juiz checou o lance e na volta manteve a marcação da penalidade máxima, trocando o cartão amarelo pelo vermelho. Danilo Barcelos converteu a cobrança e o Guarani ficou com um jogador a menos em campo. O segundo gol da Ponte também foi de pênalti sem contestação dos visitantes.
O presidente Rômulo Amaro se manifestou depois do jogo. “É com sentimento de impotência por parte do Guarani Futebol Clube que venho aqui dar essa declaração em função do ocorrido na partida. O time se mostrou bem valente, os jogadores lutaram, mesmo com um a menos fomos superiores, porém, diante dessa situação (arbitragem) vou pessoalmente à Federação Paulista de Futebol amanhã (segunda-feira) conversar diretamente com o presidente, levantar e solicitar todos os áudios e vídeos do VAR para tentar entender o que aconteceu”, disse Amaro.
Em seguida, o clube publicou uma nota no site oficial:
“O Guarani Futebol Clube repudia as decisões equivocadas da arbitragem do Dérbi 209, que interferiram diretamente no resultado da partida. No lance do primeiro gol da equipe adversária, houve uma sequência de erros inadmissíveis para um árbitro FIFA. Não houve sequer falta no lance em que foi marcado pênalti e, mesmo com o auxílio do VAR, o árbitro manteve equivocadamente a marcação e ainda optou, novamente com grave erro, por expulsar o atleta bugrino. Diante deste cenário, a Diretoria do Guarani Futebol Clube já acionou seu departamento jurídico para tomar todas as providências necessárias junto à Federação Paulista de Futebol para reparar essa enorme injustiça”.
Ex-árbitros e comentaristas de arbitragem têm opiniões diferentes sobre o lance. Para Paulo César de Oliveira, não houve pênalti. “Eles estão disputando o espaço, a bola está se perdendo e o Jean Dias dá um salto. O Raphael Claus também estava muito distante e acabou marcando o pênalti”, comenta.
Por outro lado, Oscar Roberto Godoy concorda com a marcação de Claus e a expulsão. “O jogador do Guarani puxa o atleta da Ponte Preta em velocidade dentro da área. Pênalti e cartão vermelho, porque não houve toque embaixo. Não houve disputa de bola”, alega.
Na súmula, Claus justificou a expulsão pelo fato do jogador “segurar o adversário sem disputar a bola, impedindo uma oportunidade clara e manifesta de gol dentro da área penal”.