As ruínas da antiga Rodoviária de Campinas ficaram, definitivamente, para trás. No terreno localizado entre as avenidas Andrade Neves e Barão de Itapura, onde também a Maternidade escreveu um importante capítulo na história da cidade, uma nova estrutura ganha vida. Após 28 meses de obras, o Hospital São Luiz Campinas foi apresentado nesta segunda-feira (8) à imprensa. Pertencente à Rede D’or, o maior grupo hospitalar do Brasil, a unidade de 12 andares aponta para um cenário inédito, ousado e revolucionário dentro do sistema privado de saúde no Interior de São Paulo.
Com investimento em obras de R$ 350 milhões, o novo hospital de Campinas de 47 mil metros quadrados de área construída é completo. Segundo a direção, a unidade foi pensada para que os serviços de pronto-socorro adulto e infantil, maternidade, centro cirúrgico, apartamentos para internação e ambulatórios ofereçam modernidade, conforto e tecnologia de ponta aos usuários. Serão mais de 40 especialidades disponíveis, entre elas neurologia, oncologia, pediatria e hematologia.
O início das operações está agendado para o próximo dia 19.
“Nossa intenção é impactar o cidadão de Campinas com uma infraestrutura que possibilite uma diminuição no tempo do paciente dentro do hospital, aliado a um serviço de alta qualidade”, diz o doutor Leandro Reis Tavares, vice-presidente médico da Rede D’Or São Luiz.
O desafio na unidade é de que o usuário não aguarde mais do que 20 minutos para ser atendido dentro de uma situação de pronto-socorro.
“Teremos uma emergência mais rápida, pronta, treinada e focada nas diferentes especialidades”, completa Tavares, para quem a estrutura do São Luiz Campinas possibilitará a mitigação das filas dos usuários dos planos de saúde.
Por enquanto, a unidade atenderá os planos da Sul-América, Porto Seguro, Omint e Vivest. A partir desta quarta-feira (10), terão início as negociações com outras empresas da área. Não há parceria com o Sistema Único de Saúde (SUS).
Para agilizar o atendimento, a unidade foi idealizada de forma que haja independência de fluxo na emergência pediátrica, clínica adulta, ortopédica e obstétrica. “Desde a entrada no hospital, tudo foi pensado para que o paciente possa ser atendido com mais rapidez e eficácia”, explica Tavares.
A tecnologia também será uma aliada para a redução do desconforto do usuário. Uma sala já está preparada para receber o moderno robô Da Vinci para a realização de cirurgias de todos os portes.

“O equipamento permite uma intervenção mais precisa, além de uma diminuição do sangramento, na dor e no tempo de internação”, diz vice-presidente médico da Rede D’Or São Luiz.
Outros diferenciais são os modernos equipamentos de tomografia computadorizada, ressonância magnética e um Centro de Hemodinâmica voltado à realização de procedimentos minimamente invasivos para diagnóstico de doenças do coração e no sistema cardiovascular.
Segundo a direção, o investimento em equipamentos hospitalares foi superior a R$ 70 milhões.
A maternidade do hospital é diferenciada. O espaço vai contar com um lounge para que familiares e amigos possam acompanhar de perto a chegada do bebê por meio de um vidro. A UTI neonatal ainda é desenhada para que a mãe esteja próxima à criança e tenha a liberdade de descansar.
Aos poucos
O hospital tem 325 leitos instalados, mas a operação começará com a abertura de 50, segundo o diretor geral do São Luiz Campinas, doutor Fernando de Marco.
“Subiremos aos poucos para 161 leitos, conforme nossas operações ganharem maturidade, e assim por diante”, esclarece, lembrando ainda que nesta primeira fase o prédio funcionará com sete andares.
O início das atividades mobilizará cerca de 400 funcionários, mas a projeção é de que o hospital contribua com a criação de até duas mil vagas de emprego, além de prestadores terceirizados de serviço.
Sobre o corpo clínico, De Marco diz que “a qualificação técnica dos médicos de Campinas não encontra paralelo no Brasil” por causa das universidades da cidade, como Unicamp e PUC-Campinas. Para ele, a nova unidade do São Luiz permitirá que a classe desempenhe sua atividade de forma plena.
“Temos 457 médicos cadastrados, mas esperamos chegar a 1.330, que é o número de uma lista de espera, e trabalharemos para alcançar 3 mil.”
Sonho
O diretor geral conta que o São Luiz Campinas é resultado de um sonho que começou em julho de 2015, depois da desativação da antiga rodoviária. Ele lembra que o poder público procurava uma destinação para a área e a Rede D’or decidiu investir R$ 40 milhões na compra do terreno. “Tivemos um período grande de integração com a sociedade para apresentar a proposta e a cidade nos acolheu”, afirma.
Polo de importantes universidades e centro econômico, industrial, cultural e tecnológico de destaque, Campinas atraiu a empresa, que decidiu fundir sua história com a da cidade.
De Marco ainda conta que muitos funcionários do novo Hospital São Luiz nasceram na Maternidade, antiga proprietária da área onde o prédio foi erguido. Assim, seguirão escrevendo suas histórias no lugar onde tudo começou.
NÚMEROS:
325 LEITOS SENDO:
243 – internação adulta (10 maternidade)
52 – UTI adulta
13 – UTI neonatal
8 – UTI pediátrica
9 – internação pediátrica
47.074,92 METROS QUADRADOS DE ÁREA CONSTRUÍDA
12 andares
69 apartamentos para internação adulto
8 leitos exclusivos para internação de curta duração
PRONTO SOCORRO ADULTO:
11 consultórios
21 poltronas
16 leitos
2 leitos de emergência
PRONTO SOCORRO INFANTIL:
4 consultórios
7 poltronas
7 leitos
10 Salas cirúrgicas, incluindo uma exclusiva para cirurgia robótica
19 Leitos para recuperação anestésica
3 Salas exclusivas para atendimento de procedimentos de pequeno porte e baixa complexidade
CENTRO MÉDICO
21 consultórios
MATERNIDADE
10 acomodações
2 salas de parto