O mesatenista brasileiro Hugo Calderano conquistou, neste domingo ( 25), uma medalha de prata inédita para o Brasil no Campeonato Mundial de Tênis de Mesa, disputado em Doha, Catar, e entrou para a história como o primeiro atleta de fora da Ásia ou da Europa a chegar a uma final de mundial. O título ficou com Wang Chuqing, da China, que manteve a hegemonia de 22 anos no torneio.
“Foi uma semana incrível. Estou muito orgulhoso de conseguir mais uma vez jogar nesse nível. Eu espero continuar evoluindo cada vez mais e aproveitar para agradecer todo mundo que acompanhou, que me apoiou, que mandou mensagem, que mandou força. Muito obrigado de coração a todos vocês e a gente segue em frente”, avaliou Calderano, em entrevista à Caze TV, após a final.
O adversário pelo título, o chinês Wang Chuqing, chegou ao Mundial como número dois do mundo e já foi reconhecido por Calderano como o melhor jogador da atualidade. O confronto seria duro, mas o brasileiro sabia que o chinês não era imbatível.
Eles haviam se enfrentado seis vezes em competições internacionais desde 2016, com quatro vitórias para o chinês. Mas, no duelo mais recente, Hugo havia batido Chuqing na semifinal da Copa do Mundo, de Macau, vencida pelo brasileiro com direito a duas vitórias sobre chineses.
Na final do Mundial de Doha, o chinês começou bem e abriu dois sets de vantagem sobre Calderano (parciais de 12/10 e 11/3).
Mas, o brasileiro não se rendeu. Buscou a reação e venceu o terceiro set por 11 a 4 pontos. O quarto set, no entanto, foi do chinês, que abriu 3 sets a 1 contra Calderano. Ele manteve o alto nível e fechou a partida no quinto set por 11 a 7, conquistando o título mundial pela primeira vez e deixando a prata para o brasileiro.
Na saída do jogo, Calderano revelou que sentiu o desgaste físico depois do duelo duríssimo na semifinal contra o também chinês Liang Jingkun (4-3), disputado no dia anterior à final, e reconheceu o mérito do adversário na decisão.
“Claramente eu não consegui propor o meu melhor hoje. Com certeza faltou perna, faltou físico. Acho que o jogo de ontem me esgotou, estava vazio, estava tentando o tempo inteiro voltar. Os chineses, eles são tipo máquinas, conseguem jogar nesse nível quase que dormindo. Então é muito esforço mental e físico e hoje eu não tinha o que eu precisava”, avaliou o brasileiro em entrevista à Caze TV.











