A Maternidade de Campinas, que atravessa grave crise financeira, está sob nova gestão. A Sociedade Campineira de Educação e Instrução (SCEI), mantenedora do Hospital PUC-Campinas e da PUC-Campinas, assumiu na noite desta segunda-feira (27) os passivos, ativos e a gestão do hospital fundado há 110 anos e que destina 60% de seus atendimentos a pacientes provenientes do SUS.
Detalhes sobre a nova gestão e medidas para saneamento das dívidas acumuladas pela Maternidade ao longo dos anos serão dados durante uma entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (28).
A nova diretoria do hospital, formada pelo presidente, Dom João Inácio Müller, Arcebispo Metropolitano de Campinas e grão-chanceler da PUC-Campinas, pelo vice-presidente, Monsenhor José Eduardo Meschiatti, e pela secretária geral, a advogada Edna Nyara Couto Cappa, e o ex-presidente do Hospital Maternidade de Campinas, o médico Marcos Miele, detalharão a negociação.
A Maternidade procurava por uma solução a longo prazo para a grave crise financeira que atravessa, quando a SCEI mostrou interesse em assumir a gestão, em janeiro deste ano. Após estudos preliminares, a SCEI manifestou interesse em aprofundar as análises para concluir pela viabilidade ou não de avançar nas tratativas.
Crise
A Maternidade de Campinas é a primeira instituição filantrópica do setor da saúde do estado de São Paulo a ingressar com pedido de recuperação judicial devido aos graves problemas financeiros provocados pelo alto custo hospitalar e remuneração não compatível pela prestação de serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS).
A Instituição vem carregando, ao longo de muitos anos, um déficit mensal de R$ 1 milhão, apenas em relação à assistência pública, que representa 60% do seu atendimento total.











