O Secretariado da Casa Imperial do Brasil acaba de comunicar nas redes sociais a morte de Dom Luiz de Orleans e Bragança, aos 84 anos. “Cumprimos o doloroso dever de comunicar o falecimento de Sua Alteza Imperial e Real o Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, que, hoje, dia 15 de julho de 2022, na cidade de São Paulo, aos 84 anos de idade, confortado com os Sacramentos da Santa Igreja e a Bênção Apostólica, Deus Nosso Senhor teve por bem chamar a Si”, informa o comunicado.
Dom Luiz estava internado havia um mês e seu estado de saúde se agravou na última semana, quando foi considerado irreversível pela equipe médica. O príncipe brasileiro teve poliomielite na infância e enfrentava a doença de Alzheimer. Seus últimos dias foram de grande fraqueza muscular.
De acordo com a árvore genealógica da Casa Imperial do Brasil, Dom Luiz era o primogênito do Príncipe Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil a partir de 1921, e da Princesa Dona Maria da Baviera. Eles nasceu no exílio, a 6 de junho de 1938, em Mandelieu-la-Napoule (França).
Após a morte de seu pai, a 5 de julho de 1981, sucedeu-o na Chefia da Casa Imperial.
Ele é considerado legítimo sucessor dinástico de seus maiores, os imperadores Dom Pedro I e Dom Pedro II e a Princesa Dona Isabel.
O velório será nos dias 16 e 17, na Rua Maranhão, 341 – Higienópolis, São Paulo, em São Paulo, aberto ao público na parte da tarde, e no dia 18, das 10 às 13h. As exéquias acontecem na sede do Instituto Plínio Correa de Oliveira. A missa de corpo presente será celebrada em sua Paróquia, a Igreja de Santa Teresinha (Rua Maranhão, 617, Higienópolis, São Paulo) no dia 18, às 13 horas. Em seguida, o cortejo fúnebre sairá para o Cemitério da Consolação.

Biografia
De acordo com o site da Casa Imperial do Brasil, Dom Luiz Gastão Maria José Pio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, Príncipe do Brasil, Príncipe de Orleans e Bragança, “é o legítimo depositário dos direitos ao Trono e à Coroa do Brasil – de jure, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil”.
Ele nasceu no dia 6 de junho de 1938, no Balneário de Mandelieu-la-Napoule, Sul da França, sendo o primogênito dos doze filhos do Príncipe Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, e de sua esposa, a Princesa Dona Maria da Baviera de Orleans e Bragança.
“Com o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa, em maio de 1945, a Família Imperial Brasileira pôde enfim retornar à Pátria, encerrando assim o injusto e penoso exílio imposto por ocasião do golpe republicano de 15 de novembro de 1889”, descreve o site monarquista.
Residiram no Rio de Janeiro e em Petrópolis até que, em 1951, transferiram-se para o Norte do Estado do Paraná, então a grande fronteira agrícola do Brasil, onde viveram na Fazenda São José, em Jacarezinho, e, a partir de 1957, na Fazenda Santa Maria, em Jundiaí do Sul.

Formação
Estudou nos Colégios Coração Eucarístico e Santo Inácio, no Rio de Janeiro, e no Colégio Cristo Rei, em Jacarezinho. Seguiu então para a Europa, onde cursou Ciências Políticas e Sociais na Universidade de Paris (França) e Química e Física na Universidade de Munique (Alemanha).
Formado engenheiro químico, retornou ao Brasil em 1967, estabelecendo-se em São Paulo e assumindo a direção do Secretariado de seu pai, que àquela altura residia no Sítio Santa Maria, em Vassouras, antigo polo cafeeiro do Império no Centro-Sul do Estado do Rio de Janeiro.
“Sua formação moral e religiosa foi complementada pelo Doutor Plinio Corrêa de Oliveira, eminente pensador católico e monarquista, amigo de infância de seu pai e Fundador da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP), cuja boa obra é continuada em todo o mundo por Associações co-Irmãs e, no Brasil, pelo benemérito Instituto Plinio Corrêa de Oliveira (IPCO)”, aponta o site. Além do português, fala fluentemente francês e alemão e compreende bem italiano, inglês e espanhol
Com o falecimento de seu pai, no dia 5 de julho de 1981, ascendeu à Chefia da Casa Imperial do Brasi. Ao longo das quatro décadas seguintes, percorreu todo o Brasil, participando de encontros monárquicos, aponta a Casa Imperial do Brasil.











