É em meio ao lixo pelas calçadas que os moradores da Rua Francisco João Carlos Éberl, no Jardim São Vicente, em Campinas, convivem. A denúncia é feita pela moradora Maria de Fátima Sousa, que aponta o supermercado Galassi como responsável pelo transtorno.
O estabelecimento, cuja parte dos fundos fica próxima à rua, se defende e garante que faz o descarte e coleta de forma correta.
Maria de Fátima, de 63 anos, diz que o mau cheiro e a presença de moscas nas proximidades são constantes em função dos restos de alimentos espalhados nas calçadas do supermercado e das casas. “Esse problema é frequente. São 27 anos que convivo com isso. Todos os dias tem lixo espalhado pela rua. O cheiro é insuportável e as moscas varejeiras ficam em cima”, diz a moradora, que cuida de uma filha doente.
No último domingo (9), ela disse que foi ao supermercado reclamar. O gerente do Galassi, Vagner Alves, admitiu que o lixo ficou exposto na rua neste último domingo, mas garante que o problema não é frequente. “Temos um local onde fazemos o descarte e a porta é fechada com cadeado. Mas na madrugada de domingo, moradores de rua arrombaram o cadeado e espalharam o lixo. Aconteceu apenas dessa vez”, assegura. A rua dá acesso à porta do reservatório.
Segundo o gerente, as reclamações só partem de uma moradora. “Ela tem desavenças com o dono do supermercado. Até do barulho dos caminhões, que fazem a carga e descarga na rua, ela reclama”, afirma Alves, informando ainda que todos os dias a empresa Multilixo, contratada pelo Galassi, faz a coleta do material do reservatório.
Maria de Fátima reconhece que são os moradores de rua que espalham o lixo, mas, para ela, é de responsabilidade do Galassi fazer o recolhimento.
A equipe da Vigilância em Saúde Sul da Prefeitura esteve no local na manhã desta segunda-feira (10), porém encontrou o setor limpo. Uma nova visita será programada nos próximos dias. Segundo a Vigilância Sanitária, quem observar situações envolvendo descarte irregular de lixo pode acionar a Prefeitura pelo telefone 156.