A Promotoria de Justiça instaurou nesta terça-feira (14) um inquérito civil para investigar o uso de bens públicos no casamento do vereador e guarda municipal de Jaguariúna, Silvio Telles de Menezes (PSD).
Segundo o Ministério Público Estadual (MP-SP), o uso de uma viatura e armas da corporação durante a cerimônia caracteriza improbidade administrativa.
“Uma viatura da Guarda Municipal e duas armas da corporação são bens públicos e foram usadas para fins particulares, no casamento de um vereador da cidade, que também é guarda municipal”, informou em nota o Ministério Público.
O inquérito deverá apurar os responsáveis por autorizar o uso dos equipamentos públicos e realizar o efetivo no casamento.
Menezes do Canil (PSD) se casou no dia 27 de abril e entrou na capela Santa Isabel, em Jaguariúna, com uma pistola em mãos e ladeado do comandante da GM e do inspetor da corporação, ambos carregando um fuzil modelo T4.
A cerimônia foi no estilo gangster, inspirado na série britânica Peaky Blinders.
Ainda de acordo com a nota do MP, “busca-se cobrar das instituições envolvidas – Guarda Municipal e Câmara de Vereadores – investigações internas das respectivas corregedorias para verificação de eventual prática de falta funcional e de ato atentatório ao decoro exigido dos servidores públicos envolvidos”.
Desde que o caso foi revelado pelo Hora Campinas, a Secretaria de Segurança de Jaguariúna garante que determinou uma apuração interna da corregedoria da Guarda Municipal.
Já a Câmara Municipal informou que não houve nenhuma notificação do MP até o momento, para pedido de investigação interna.
Quando questionado pela reportagem, o vereador Menezes do Canil disse somente que possuía porte de armas e que estava dentro da legalidade. No entanto, em entrevistas seguintes, disse primeiro que se tratavam de réplicas e que estava sendo perseguido politicamente.
Na última entrevista concedida, alegou que não comentaria sobre a veracidade dos armamentos, já que o caso estava sendo conduzido pela corregedoria da pasta de Segurança.
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