A Polícia Civil, através da 3ª Delegacia de Homicídios da Capital (DHPP), esclareceu nesta semana a morte violenta de uma mulher, encontrada esquartejada dentro de uma lagoa na zona rural de Campinas, nas dependências do Haras Albar. O caso, que inicialmente foi registrado como homicídio, agora é tratado como homicídio culposo na direção de veículo automotor e ocultação de cadáver.
O corpo foi localizado no domingo (4), por funcionários do haras, que perceberam forte odor vindo da lagoa localizada nos fundos da propriedade. O local fica a poucos quilômetros do condomínio Alphaville, na Fazenda São Vicente.
Ao se aproximarem, os funcionários do haras encontraram partes de um corpo — tronco e cabeça amarrados por correntes e envolvidos em tela de galinheiro, além de membros inferiores encontrados em outro ponto do mesmo açude.
A Polícia Científica foi acionada e, no dia seguinte, uma nova diligência da equipe do DHPP resultou na localização de uma caminhonete Fiat Strada, danificada e coberta por uma lona, estacionada na garagem da casa de um funcionário do haras. O veículo apresentava vestígios de sangue no capô e para-brisa, conforme traz a segunda atualização do boletim de ocorrência.
Ao ser interrogado pelos policiais, o investigado confessou ter atropelado uma mulher na noite de 27 de abril, na Rodovia Anhanguera, próximo ao Jardim Eulina, nas imediações do Jóquei Clube.
Impacto partiu o corpo
O suspeito argumentou que a vítima surgiu repentinamente na pista e o impacto do atropelamento foi tão forte que o corpo se partiu: o tronco caiu no banco do passageiro e as pernas foram arremessadas para a caçamba.
O homem relatou que o corpo foi colocado dentro do veículo e por dois dias ele escondeu os restos mortais em sacos plásticos, na lavanderia de casa. Ele afirmou ter comprado correntes e tela de galinheiro para ocultar o cadáver. Na noite do dia 30 de abril, véspera de feriado, jogou o corpo no açude.
A vítima, em avançado estado de decomposição, foi identificada nesta semana por meio de impressões digitais, analisadas pelo Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD), ligado ao Departamento de Inteligência da Polícia Civil.
Seu endereço oficial fica próximo ao local do atropelamento, na Rodovia Anhanguera, região conhecida por uso frequente de drogas. Não há boletins de desaparecimento compatíveis ao perfil da vítima, explica a polícia.
A ocorrência foi reforçada por um chamado via telefone 190 da Polícia Militar, registrado no dia 27 de abril. A testemunha dessa ligação ainda não foi identificada.
O inquérito segue em andamento, e o autor responderá por homicídio culposo e ocultação de cadáver.











