Sem nenhuma oportunidade desde a chegada do técnico Nelsinho Baptista, o zagueiro boliviano Luis Haquín amarga mais de dois meses sem entrar em campo com a camisa da Ponte Preta.
Desde que ele retornou da disputa da Copa América, competição em que defendeu sua seleção como titular e capitão, entre junho e julho deste ano, o defensor de 26 anos ainda não foi utilizado nem relacionado pelo atual treinador da Macaca.
Questionado sobre a ausência do atleta até mesmo no banco de reservas nas últimas partidas da equipe alvinegra, o experiente treinador de 74 anos justificou como uma escolha 100% técnica.
“Eu não estou relacionando o Haquín porque tem jogadores melhores do que ele e também em melhores condições. Eu procuro sempre levar os melhores, aqueles que eu acho que vão produzir mais para o time dentro de campo, por isso que ele não está indo”, revelou Nelsinho.
A última partida de Luis Haquín com a camisa da Ponte Preta foi a derrota por 2 a 0 para o Ituano, no dia 26 de maio, portanto há mais de 70 dias, no estádio Novelli Júnior, em Itu. O resultado negativo diante do então lanterna da Série B provocou o pedido de demissão do técnico João Brigatti. Desta forma, Haquín ainda não disputou nenhuma partida sob o comando do técnico Nelsinho Baptista, que assumiu o cargo na virada de maio para junho.
Contratado junto ao Deportivo Cali, da Colômbia, com indicação do técnico campineiro Thiago Leitão, ex-jogador da Ponte Preta, que trabalha há vários anos no futebol boliviano, Luis Haquín desembarcou no estádio Moisés Lucarelli em janeiro deste ano, como um dos reforços da equipe para a temporada de 2024.
Entre janeiro e maio, o defensor atuou em 12 jogos com a camisa da Macaca: seis pelo Campeonato Paulista e outros seis pela Série B, sendo escalado em todos como titular pelo ex-técnico João Brigatti.
O recente período de mais de um mês com a seleção boliviana, na primeira vez que desfalcou o atual time por motivo de compromissos com sua seleção nacional, coincidiu justamente com a chegada e as primeiras semanas de trabalho de Nelsinho Baptista, portanto ele já largou atrás da concorrência nesse quesito.
Líder da pior defesa da última Copa América, com 10 gols sofridos, apenas um marcado e nenhum ponto conquistado em três jogos da primeira fase, o zagueiro boliviano Luis Haquín já disputou três edições da competição de seleções mais importante do continente.
Ele também participou das últimas duas Eliminatórias para a Copa do Mundo e vem acumulando convocações para a qualificatória do Mundial de 2026, nos Estados Unidos, México e Canadá. A Bolívia é a atual vice-lanterna das Eliminatórias, com apenas três pontos em seis rodadas. São seis vagas diretas e uma para repescagem.
Desde 2017, quando estreou na seleção principal com apenas 19 anos, Luís Haquín já disputou 37 jogos pela Bolívia, com direito a um gol marcado, num amistoso contra Myanmar, em 2018.











