Para marcar o Dia Mundial da Prematuridade, personagens da Turma da Mônica Baby ilustraram posts com mensagens e informações para uma melhor gestação e qualidade de vida para os bebês. O objetivo da ação foi conscientizar a respeito das causas e consequências do parto prematuro e mobilizou o Instituto Mauricio de Sousa, que usou suas redes (Instagram e Facebook – @institutomauriciodesousa) para informar sobre o tema.
A iniciativa faz parte da campanha #NovembroRoxo, da Associação Brasileira de Pais e Familiares de Bebês Prematuros, e é uma parceria entre as duas instituições. O Dia Mundial da Prematuridade foi ontem, quarta-feira, 17 de novembro.
São considerados prematuros os bebês que nascem antes das 37 semanas de gestação, período em que se conclui o ciclo gestacional. No Brasil, 340 mil famílias são afetadas pela chegada antecipada dos bebês, o que corresponde a 12% do total de nascimentos.
Além de garantir qualidade de vida para os pequenos, é preciso agir para prevenir o parto antecipado. A prevenção passa pelo planejamento da gravidez e por um bom acompanhamento pré-natal. Para saber mais sobre o assunto, é possível acessar o site www.prematuridade.com.
Prevenção
A Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros – ONG Prematuridade.com, é uma organização sem fins lucrativos dedicada, em âmbito nacional, à prevenção da prematuridade, à educação continuada para profissionais de saúde e à defesa de políticas públicas voltadas aos interesses das famílias de bebês prematuros. Atualmente, são cerca de 5 mil famílias cadastradas, mais de 180 voluntários em 22 estados brasileiros.
“Reforçando sua atuação em campanhas de conscientização, o Instituto Mauricio de Sousa se soma à ONG Prematuridade para levar informações às famílias sobre os cuidados que podem ajudar a prevenir o parto prematuro, além de alertar para a importância de ter atenção especial com esses bebês”, disse o diretor executivo do Instituto Mauricio de Sousa, Amauri Sousa.
Cuidados
Segundo Abimael Aranha Netto, neonatologista do Vera Cruz Hospital, de Campinas, optar por um estilo de vida mais saudável pode colaborar para diminuir o índice de partos prematuros. “Além das grávidas de gêmeos ou múltiplos, mulheres que já possuem histórico de problemas de colo de útero ou uterino, gestações muito próximas, fertilização in vitro, idade menor de 17 anos ou acima de 35, ausência do pré-natal, infecções urinárias e sangramento vaginal, outros fatores que merecem destaque envolvem a rotina da mãe, tais como o consumo de cigarro, álcool ou drogas, e problemas crônicos de saúde, como diabetes, obesidade, peso baixo, pressão alta ou pré-eclâmpsia”, exemplifica. Na maternidade do Vera Cruz Hospital, dados dos últimos dois anos apontam que 13% dos bebês foram prematuros.
Um bebê é considerado prematuro quando nasce antes do tempo previsto para uma gravidez completa, que varia entre 37 a 42 semanas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu uma classificação para diferentes graus de casos: “prematuro moderado a tardio”, para bebês que nascem de 32 a 37 semanas; “muito prematuro”, aos nascidos entre 28 e 32 semanas; e “extremamente prematuro”, para menos de 28 semanas.

Os bebês prematuros precisam de cuidados especiais e, na maioria das vezes, é utilizado o suporte de profissionais especializados e equipamentos que ajudam nas suas dificuldades devido à imaturidade.
“Estas crianças ainda não estão preparadas fisicamente para nascer. Algumas funções vitais não estão inteiramente desenvolvidas e, por isso, a internação em uma unidade especialmente desenvolvida para atendê-las é muito importante. Além da dificuldade em ganhar peso e manter a temperatura corporal normal, o bebê pode não ter plena capacidade de respirar de forma eficiente e precisa desenvolver a aptidão de deglutir corretamente. O tempo de internação é bastante variável e, com tudo certo, ele pode ir para casa”, orienta o médico.
Após a alta, os cuidados seguem em casa, e o desenvolvimento da criança deve ser observado levando em consideração a idade corrigida, e não a idade cronológica, observa Netto.