Uma sessão de embates e polêmicas está prevista para esta quarta-feira (29), a partir das 18h, na Câmara dos Vereadores de Campinas. A pauta da 66ª Reunião Ordinária trará o pedido de abertura de Comissão Processante (CP) contra a vereadora Mariana Conti (PSOL). A proposta foi protocolada pelo vereador Nelson Hossri (PSD), que acusa Mariana de violar o decoro parlamentar ao se afastar do cargo para participar da Flotilha Global Sumud, iniciativa humanitária que buscava romper o bloqueio israelense na Faixa de Gaza.
O pedido de instauração de Comissão Processante contra a vereadora deveria ter sido apresentado no último dia 9 de outubro, mas o parecer da Procuradoria Jurídica recomendando o adiamento do processo enquanto durasse a licença da parlamentar, vigente até 25 de outubro, foi acatado pela presidência da casa.
Na última segunda-feira (27) não houve sessão em virtude da antecipação do feriado do Dia do Servidor.
A denúncia de Nelson Hossri aponta que o afastamento de Mariana Conti configuraria infração ao princípio da moralidade administrativa e foi respaldada por outros parlamentares, como o vereador Vini. Nas redes sociais, a proposta recebe apoio de seguidores desses parlamentares, que criticam a licença não-remunerada de 45 dias e argumentam que Mariana Conti é “funcionária” de Campinas e é pela cidade que ela deveria lutar.
Já a vereadora ganhou respaldo de personalidades como o padre Júlio Lancelotti e a deputada federal Samia Bomfim. Pelas redes sociais, Mariana convocou apoiadores a participarem da sessão desta quarta-feira.
“A extrema-direita está tentando cassar meu mandato por ter participado de uma missão humanitária em defesa do povo palestino, uma perseguição política absurda. Conto com você para me ajudar a defendê-lo!”, postou a vereadora.
Em vários comentários no Instagram, o deputado federal Eduardo Bolsonaro é citado como contraponto para o pedido encabeçado por alguns dos vereadores dos partidos de direita da Câmara. “Enquanto isso, um deputado federal segue nos EUA atuando contra o país e recebendo salários”, escreveu um seguidor. “Desde quando solidariedade é crime?”, argumentou outro.











