Querida leitora, caro leitor do Hora Campinas, eu Thiago Pontes, filósofo e psicanalista clínico, lhe convido a refletir sobre o modo como a sociedade de modo geral encara esse período de final de ano e de entrada do ano que se aproxima. Não só a sociedade, mas também e principalmente você! Em que sentido esse período lhe é útil? Sendo assim, você aceita me fazer companhia em tal reflexão? Ótimo, então vamos à ela.
Dezembro é o término de um ciclo, período oportuno para parar, respirar, olhar para trás e enxergar os ganhos e aprendizados de 2024, suas conquistas profissionais, pessoais, a maturidade que adquiriu, os tombos que levou, o que fazer para não repetir os erros que comprometeram seu progresso. É um período de festividades? Ouso dizer que sim, mas não se limita apenas a isso.
Temos a cultura natalina com a figura do Papai Noel associado a caridade, mas também ao capitalismo e ao materialismo, temos o lado religioso do nascimento do menino Jesus, temos as confraternizações profissionais e familiares, período rico para perceber quem você se tornou esse ano e como reagiu as adversidades e contingencias da vida.
Final de ano acaba por ser interpretado como período de férias, um período visto como “final de temporada, final de um ciclo”, oportuno de descanso somatizado por festividades e viagens. Ouso aqui expor como a sociedade de modo genérico encara tal período, seria ele tal como um final de semana: sexta-feira, sábado e domingo. Você poderia me perguntar: “Mas Thiago o que você quis dizer com essa comparação?” e a minha resposta irá se suceder a seguir.
Sexta-feira tem uma interpretação de descanso após o chamado “horário comercial” com o happy hour, esse período de festividades estaria associado à Dezembro, época de Natal, presentes, fé, cultural natalina, família reunida (mesmo que contra a vontade e de modo superficial nas fotos com sorrisos fake de uma “família margarina” exemplar). O sábado seria Janeiro, há ali a transição que a sociedade considera como “mágica” (tenho minhas dúvidas), não sei o quão mágica é a virada de ano à meia noite do dia 31 ao dia 01 de 2025, pois toda a realidade continua a mesma se a pessoa não decidir mudar (os problemas no casamento, na família, no emprego, hábitos, cultura, crenças, tudo se manterá igual nessa virada de ano, enfim…).
Domingo seria Fevereiro, época de Carnaval, sinônimo de “saideira” das diversões, pois ao findar desse mês. Março nos aguarda, analogia para a segunda-feira, dia de trabalho, duro, sério, que exige comprometimento, mesmo que involuntário, é ali que a sociedade encara de fato, de modo responsável o início do ano.
Essa é uma reflexão que lhe proponho fazer: em que sentido esse período lhe é útil? Você se identifica com o que escrevi acima? Se sim, que tal rever seu ponto de vista? Se não, ótimo, meus parabéns, você é uma pessoa diferenciada.
Desejo à você querida leitora, caro leitor do Hora Campinas, o mesmo que venho dizendo aos meus pacientes na clínica, que você possa usufruir da melhor maneira possível tal período e que assuma a responsabilidade de fazer um 2025 cheio de conquistas materiais, profissionais e pessoais, deixando sua marca positiva por onde passar.
Feliz Natal e um próspero ano novo!
Thiago Pontes Thiago Pontes é Filósofo, Psicanalista e Neurolinguísta (PNL) – Instagram @institutopontes_oficial