A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (17) uma operação para desarticular uma quadrilha de roubos de cargas e caminhões no estado de São Paulo. Os agentes cumpriram 17 mandados de prisão temporária – 30 dias, prorrogáveis por mais 30 – e 12 mandados de busca e apreensão. O grupo especializado em repressão a crimes de roubo de cargas e caminhões da Delegacia de PF de Campinas conduz a investigação.
Os alvos estão espalhados em Mogi Guaçu, São Bernardo do Campo, Diadema, Guarulhos, Osasco e a capital paulista. Em um balanço inicial, 13 pessoas foram presas. Também foi determinado o sequestro de bens e valores ligados à associação criminosa em um total de R$ 18 milhões. A ação conta com a participação de 120 agentes – 60 policiais federais e 60 policiais militares rodoviários. (dezoito milhões de reais).
A investigação, que teve o auxílio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco), começou em janeiro de 2025 após um roubo ocorrido em 29 de novembro de 2024. Diligências identificaram uma rede armada, liderada por um homem que arregimentava criminosos para abordar caminhões em movimento ou em locais de descanso dos condutores.
Na ação, os homens rendiam o motorista e o mantinham em cativeiro até a destinação do veículo. Os acompanhantes da vítima, muitas vezes, suas esposas e filhos, também eram alvos da violência.
“Durante a retenção das vítimas, era comum os criminosos ligarem para a família para extorquirem, além de obrigar as vítimas a fazerem transferências bancárias e entregar documentos, dinheiro, celulares e objetos pessoais de valor”, afirma a PF.
De acordo com balanço, entre novembro de 2024 e junho de 2025 foram identificados 26 roubos e um furto praticados pelo grupo nas cidades paulistas de Araras, Boituva, Itapecericada Serra, Itatiba, Itu, Itupeva, Jundiaí, Porto Feliz, Quadra, Salto, São Bernardo do Campo, São Lourenço da Serra, São Paulo, Sorocaba, além de Extrema-MG.
Para o desmanche dos veículos, de acordo com as investigações, era utilizado um galpão em Mogi Guaçu.
Os investigados, que em sua grande maioria já possuem passagens por roubos e tráfico de drogas, responderão pelos crimes de formação de associação criminosa armada, roubo e furto. As penas somadas podem passar 30 anos de prisão.
Os presos serão encaminhados para a Superintendência Regional da Polícia Federal em São Paulo e os bens apreendidos ficarão na Delegacia de PF em Campinas para serem periciados e analisados.










