Como saber qual a cidade e o estado de origem de um veículo? Antes, bastava uma olhada na placa para obter a resposta. A localidade estava impressa na parte de cima do layout. Hoje, no entanto, nem todos os veículos carregam essa informação. O carro 0km, por exemplo, já sai da loja para o consumidor com a placa Mercosul azul e branca estampada no lugar do modelo tradicional cinza. No novo formato, está impresso apenas o nome do país. Mas existe alguma forma de saber de qual lugar do Brasil vem um veículo que tem a placa Mercosul?
A resposta é sim. A consulta é mais trabalhosa, porém não deixa de ser simples. Um aplicativo disponibiliza as informações. Por meio do Sinesp Cidadão, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a pessoa pode consultar a placa do carro de forma legal e obter informações oficiais sobre ela.
O Sinesp Cidadão está disponível para Android e iOS. A consulta demanda poucos segundos. Ela retorna aos usuários a marca, modelo, ano de fabricação, cidade e estado de registro do veículo. Realizando um cadastro, é possível ainda registrar alertas de furtos e roubos. A pesquisa no aplicativo abre possibilidade para pesquisar placas do modelo cinza e Mercosul.
O app tem também outros vários recursos à disposição do cidadão. É possível, por exemplo, realizar checagens sobre mandados de prisão, desaparecidos, fazer denúncias e ter acesso à lista de procurados do Brasil.
Histórico
A placa Mercosul é o atual modelo de identificação veicular nos países pertencentes ao bloco sul-americano. O objetivo é padronizar essa identificação no Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, além de facilitar a fiscalização. E a mudança em relação ao modelo tradicional não é só na cor.
O formato inclui quatro letras e três números ao invés de três letras e quatro números como era até então. A inserção de um QR Code ainda dificulta a clonagem.
Em setembro de 2018, o Rio de Janeiro se tornou o primeiro Estado a adotar e instalar a nova placa. E no dia 31 de janeiro de 2020, o modelo se tornou padrão de identificação veicular em todo o Brasil.
A placa Mercosul é obrigatória?
Muitos veículos ainda circulam com o modelo tradicional cinza de placa e seus proprietários não têm interesse em mudar. De acordo com a resolução 969/22 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), a PIV (Placa de Identificação Veicular) – que substitui a antiga PNU (Placa Nacional Única) – é obrigatória nos seguintes casos:
- Primeiro emplacamento (veículo 0 km);
- Transferência de Estado ou município;
- Mudança de categoria do veículo (por exemplo, de carro particular para táxi);
- Placa furtada/danificada;
- No caso de reboques, semirreboques, motocicletas, motonetas, ciclomotores, cicloelétricos, triciclos, quadriciclos e guindastes, meios de transportes que são identificados apenas pela placa traseira.
Caso o usuário queira trocar a placa antiga pelo modelo Mercosul é necessário solicitar a emissão de um novo CRV (Certificado de Registro do Veículo) junto ao Detran (Departamento Estadual de Trânsito).
O valor pode variar conforme o estado em que o veículo está registrado. A média é entre R$ 120 e R$ 250.
Uma curiosidade na placa padrão Mercosul se refere às cores das letras e números que se diferenciam conforme a categoria do veículo. O fundo branco e a tarja azul na parte superior foram mantidos em quase todos os veículos.
Os particulares têm letras e números na cor preta, enquanto os comerciais possuem combinação em vermelho. O azul está na placa dos carros oficiais, o verde dos especiais (por exemplo, de teste) e o dourado nos veículos diplomáticos.