Os terremotos de magnitude 7,7 e 6,4 que atingiram Mianmar nesta sexta-feira (28) deixaram um rastro de destruição generalizada e um impacto profundo nas pessoas. Mais de 1,6 mil pessoas morreram e outras 3,4 mil ficaram feridas, segundo a mídia estatal. Tailândia e China também foram afetadas.
O desastre ocorreu em um momento em que Mianmar tenta se recuperar de uma crise humanitária grave, em grande parte causada por conflitos constantes e desastres naturais anteriores. As áreas afetadas são Bago, Magway, Mandalay, Naypyitaw, no nordeste de Shan e Sagaing.
De acordo com estimativa do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), o número de mortos pode superar os 10 mil.
A guerra civil em Mianmar e o fato de que 40% da população vivem abaixo da linha de pobreza dificultam os trabalhos de resgate e o envio de ajuda humanitária ao pais. O representante da ONU em Mianmar, Marcoluigi Corsi, disse que “cerca de 20 milhões de pessoas vivem na área afetada pelos tremores de terra” e muitos ainda estão desaparecidos.
Segundo ele, foram relatados “danos estruturais em múltiplas regiões”, com destruição de pontes e hospitais, inclusive na capital e na segunda maior cidade do país.
O chefe regional de Emergência do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, alertou que o desastre deixou as crianças em uma situação muito alarmante.

Trevor Clark relatou que casas e infraestrutura críticas estão danificadas e que o Unicef está enviando ao país suprimentos vitais, incluindo tendas, lonas, kits de higiene, kits recreativos e suprimentos de saúde.
Já o Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, está coordenando equipes de busca e resgate, para salvar o máximo de pessoas possível nas áreas afetadas. Estradas danificadas estão dificultando a chegada dos socorristas.











