A Polícia Civil de Campinas prendeu em flagrante, na tarde desta terça-feira (25), o responsável por uma fábrica clandestina de doces localizada na Rua Lourival de Almeida, no Jardim Itaguaçu II. O local funcionava sem alvará sanitário e em condições consideradas totalmente insalubres, segundo a equipe do 9º Distrito Policial.
A Vigilância Sanitária já havia interditado o estabelecimento em 2023, mas o proprietário reabriu o local ilegalmente e retomou a produção.
Ao entrar no imóvel, com autorização do responsável, os agentes identificaram um ambiente improvisado com maquinário industrial de fabricação e empacotamento, como batedeiras e esteiras, além de cerca de três mil embalagens de doces já prontos para distribuição. Todo o material estava armazenado em condições inadequadas de higiene. A Polícia também encontrou fezes e urina de roedores, além de baratas no local.
De acordo com a investigação, a fábrica abastecia semanalmente o mercado regional com cerca de três a quatro mil potes de doces.
A operação teve início após a equipe de investigação monitorar o imóvel diante de indícios de atividade criminosa. Inicialmente, os policiais apuravam a possibilidade de o local funcionar como depósito de cargas furtadas ou roubadas. Durante as campanas realizadas em dias e horários distintos, porém, a movimentação intensa de pessoas e veículos, somada a um forte odor característico de fabricação de alimentos, chamou a atenção dos agentes e direcionou a apuração para a produção clandestina de doces.
Ao chegarem ao local nesta terça, os policiais flagraram um furgão descarregando potes plásticos sem rotulagem. O motorista alegou atuar apenas no transporte dos recipientes e disse desconhecer a finalidade do material e a irregularidade da atividade.
Diante das evidências, ele foi preso em flagrante por fabricação e distribuição de produtos alimentícios adulterados ou produzidos sem condições sanitárias adequadas. O indiciado foi encaminhado à Cadeia Pública anexa ao 2º Distrito Policial de Campinas. A autoridade policial solicitou a conversão da prisão em preventiva, alegando risco à saúde pública e reincidência na prática ilegal.










