Os adolescentes de 17 e 14 anos, suspeitos de envolvimento no assassinato de Nicolly Fernanda Pogere, de 15, em Hortolândia, foram localizados e apreendidos na tarde deste domingo (20) pela Policia Civil. Eles estavam abrigados na casa da avó de um dos suspeitos, em Cornélio Procópio, no Paraná. Nicolly ficou desaparecida por quatro dias e na sexta-feira (18) seu corpo foi encontrado esquartejado em uma lagoa. O sepultamento aconteceu na manhã deste domingo, em Mococa, onde ela morava com a família.
A ação em Cornélio Procópio foi resultado de uma operação em conjunto entre as polícias civis de São Paulo e Paraná, que deram cumprimento ao mandado de busca e apreensão expedito pela Vara da Infância e Juventude de Hortolândia. O jovem de 17 anos, namorado da vítima, é o principal suspeito do assassinato. Ele teria um relacionamento com a outra adolescente, que também é suspeita.
Segundo informações da VTV News, o adolescente entrou em contato com o pai antes de ser localizado pelos policiais. Na conversa, disse que estava em segurança e alegou inocência. Ainda afirmou estar sendo ameaçado por supostos integrantes de facções de São Paulo. O pai, por outro lado, pediu para o filho se entregar.
Nas costas da vítima estava escrita a sigla PCC, segundo o delegado José Regino, responsável pelo inquérito no 2º Distrito Policial de Hortolândia. No entanto, na avaliação do delegado, a inscrição pode ter sido usada como forma de despistar a real motivação do crime.
Imagem divulgada na internet também mostra a fachada de uma casa pichada com os dizeres: “Vai Morre” (sic). O local é identificado por internautas como a residência do suspeito, em Hortolândia, de onde ele teria fugido após o crime.
O caso
Nicolly morava em Mococa e estava em visita na casa do avô, em Hortolândia, cidade onde também residia o namorado da jovem. Ela decidiu visitar o namorado com a previsão de retornar à casa do avô na segunda-feira, o que não aconteceu. Desaparecida, a adolescente passou a ser alvo de buscas e foi encontrada quatro dias depois.
Seu corpo estava parcialmente esquartejado — faltavam os membros superiores e inferiores — e envolto em lençóis e lona, submerso em uma lagoa da região. Dentro dos lençóis, havia pedras, supostamente utilizadas para manter o corpo no fundo da água, o que indica tentativa de ocultação do cadáver, na avaliação da polícia. Familiares fizeram o reconhecimento ainda no local.
Segundo a Polícia Civil, a vítima tinha trauma cranioencefálico, múltiplas perfurações por arma branca e cortes profundos no abdômen.
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