Com o fim da Série C, a Ponte Preta entra em um momento de redefinições. Nove jogadores tiveram seus contratos encerrados no fim de outubro, enquanto outros seis possuem vínculo apenas até o final do ano. Às vésperas das eleições do clube e em meio a um cenário financeiro delicado, que inclui salários ainda em atraso, a reformulação do elenco e a permanência de peças-chave da campanha do título permanecem incertas.
Apesar do sucesso na conquista nacional, a situação do técnico Marcelo Fernandes segue indefinida, embora o cenário seja considerado otimista. Sondado por outros clubes ainda durante a Série C, o treinador já iniciou as tratativas com a diretoria para discutir seu futuro, que depende diretamente das condições financeiras do clube.
Contratos encerrados e renovações em pauta
Com o início de novembro, encerraram-se os vínculos do goleiro Matheus Kayser, dos zagueiros Danrlei Santos e Sérgio Raphael, dos laterais Leocovick e Pacheco, do volante Lucas Cândido e dos atacantes Diego Tavares, Jonas Toró e Ricardo Oliveira.
Entre eles, três foram titulares na final contra o Londrina e interessam para renovação: Pacheco, Diego Tavares e Jonas Toró, além de Lucas Cândido, que foi titular em boa parte da temporada.
Outros seis atletas têm contrato até o fim do ano e também precisarão ter a situação definida: os zagueiros Edson e Thiago Oliveira, os meias Serginho, Dudu Scheit e Elvis, além do atacante Miguel, autor do gol do acesso à Série B. Desses, Elvis — capitão e principal jogador do clube — é considerado prioridade pela diretoria.
Alguns jogadores já foram procurados por outras equipes. O próprio Elvis recebeu contato do Santa Cruz, recém-promovido da Série D. O lateral Pacheco foi sondado pelo Noroeste, de Bauru, enquanto o lateral-esquerdo Kevyn despertou interesse do América-RN.
Por fim, a Macaca ainda tem vínculo para 2026 com o goleiro Diogo Silva, o zagueiro Saimon, os laterais Artur e Danilo Barcelos, os volantes Luiz Felipe e Rodrigo Souza, e o atacante Jeh. A maioria destes foi protagonista na campanha do título, porém a permanência dos atletas dependerá da regularização dos salários atrasados e da capacidade financeira do clube para negociar renovações. O zagueiro Wanderson, por exemplo, tenta rescindir o contrato na Justiça devido às pendências salariais. Seu vínculo com a Macaca vai até março de 2026.
Com apenas a chapa “77”, liderada pelo atual presidente Marco Eberlin, inscrita para as eleições do clube, a tendência é que as conversas avancem nos próximos dias para acelerar o planejamento de 2026.
E o Marcelo Fernandes?
Responsável por conduzir a Ponte Preta ao primeiro título nacional de sua história, Marcelo Fernandes já iniciou conversas sobre renovação, mas o acerto também depende da reorganização financeira. O treinador revelou, após a conquista, que recebeu sondagens durante a Série C, mas preferiu adiar qualquer decisão até o término da competição.
A continuidade do grupo de Eberlin no comando da Ponte facilita as tratativas, mas o clube ainda enfrenta atrasos salariais, contas bloqueadas e um Transfer Ban que impede novas contratações.
Com 11 jogos à frente da equipe, Marcelo Fernandes soma oito vitórias, dois empates e apenas uma derrota, sendo peça central na retomada da Ponte Preta em 2025. Nos próximos dias, a diretoria deve se reunir com o treinador e com boa parte do elenco para definir renovações e possíveis liberações.











