A empresa gestora de recursos Quadra Capital, parceira da Ponte Preta no projeto de revitalização do Moisés Lucarelli, apresentou, nesta terça-feira (4), os primeiros detalhes da proposta de modernização do estádio. O plano prevê, segundo nota emitida pela empresa, “importantes e necessárias modernizações na estrutura do Estádio para atender aos mais elevados padrões de conforto, segurança e funcionalidade”, com o objetivo de preservar a identidade e a história do Majestoso. O custo estimado da obra é de R$ 400 milhões.
Fundado em 1948, o Moisés Lucarelli é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc) desde 2011. Segundo o órgão, devem ser preservadas a fachada, que inclui as duas torres e o espaço entre elas, as escadas internas, a entrada principal e o salão nobre Pedro Pinheiro. Ainda conforme a nota, “a identidade do Estádio será mantida e valorizada, resguardando seus elementos arquitetônicos e culturais”.
A execução do projeto ainda depende de aprovações internas da Ponte Preta e de órgãos públicos competentes, que o clube e a empresa esperam obter nos próximos meses.
Uma vez aprovado, o cronograma prevê duração de 24 a 35 meses (cerca de dois a três anos) para a conclusão das obras. O modelo de negócio e o formato de investimento ainda não foram detalhados.

Na última sexta-feira (31), o clube já havia informado que os detalhes do projeto seriam divulgados em breve, adiantando que as informações completas seriam apresentadas em entrevista coletiva. Na ocasião, destacou que o estádio “passou por um processo de melhoria geral em sua estrutura nos últimos quatro anos e vai melhorar ainda mais”.
As imagens iniciais divulgadas mostram a fachada preservada, cobertura nas arquibancadas e novas estruturas com características de arena moderna.
O anúncio ocorreu no mesmo dia em que se encerrou o prazo de inscrição das chapas para as eleições executivas do clube. Apenas a chapa 77, liderada pelo atual presidente Marco Antônio Eberlin, foi registrada — o número faz referência aos 77 anos do Moisés Lucarelli, completados em setembro.
O projeto surge em meio a um período de indefinições no clube, que ainda busca regularizar salários atrasados e planejar o elenco para 2026, quando disputará o Campeonato Paulista, a Copa do Brasil e a Série B. A Ponte enfrenta dificuldades para quitar pendências com jogadores e comissão técnica, o que pode impactar a permanência de atletas importantes da campanha do título da Série C.
A Macaca lida com contas bloqueadas e ainda corre o risco de sofrer novos bloqueios judiciais nos próximos dias.
Atualmente, o Moisés Lucarelli tem capacidade para 19,2 mil torcedores. O maior público do ano foi registrado no Dérbi contra o Guarani, pela rodada final do quadrangular da Série C, quando 17.363 torcedores compareceram ao estádio. A Macaca também obteve a segunda melhor média de público da competição, com 7.214 pagantes por partida, atrás apenas do Náutico, que registrou média de 9.040 torcedores.

Nota oficial da Quadra Capital:
A Associação Atlética Ponte Preta (“AAPP”) e a Quadra Capital (“Quadra”) vêm desenvolvendo, há alguns meses, estruturas de investimento no clube, notadamente em um projeto de modernização do Estádio Moisés Lucarelli. O projeto foi pautado pela busca do equilíbrio da preservação da história do estádio e da tradição da torcida da AAPP com a realização de importantes e necessárias modernizações na estrutura do Estádio para atender aos mais elevados padrões de conforto, segurança e funcionalidade. A identidade do Estádio será mantida e valorizada, resguardando seus elementos arquitetônicos e culturais.
O desenvolvimento do projeto foi integralmente custeado pela Quadra e representa o primeiro passo de uma iniciativa de valorização do patrimônio da AAPP, contribuindo para engrandecer ainda mais a longa história do clube.
A execução do projeto ainda depende de aprovações internas da AAPP e dos órgãos públicos competentes, o que se espera que ocorra ao longo dos próximos meses. Uma vez aprovado o projeto final, as obras de modernização do Estádio devem durar entre 24 e 35 meses a um custo estimado da ordem de R$ 400 milhões.







