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Recordar é viver

Leitores sugerem uma volta ao passado nos 247 anos da cidade, com destaque para o que brilhava na Campinas de antigamente

Janete Trevisani Por Janete Trevisani
14 de julho de 2021
em Colunistas
Tempo de leitura: 4 mins
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Recordar é viver

Terminus, com hotel e doçaria, point dos anos 50 e 60 - Fotos: Reprodução

Leitores me desafiaram na semana do mês do aniversário de Campinas a relembrar as fases em que a cidade foi empoderada, dona de si, cheia de personalidade, e alguns sugeriram que a coluna relembrasse locais – especialmente os gastronômicos e comerciais -, mais marcantes da terra de Carlos Gomes. Topei. Bora lá recordar…

Quando Campinas ainda não tinha shoppings, os moradores das belas residências térreas do Centro, nos anos 50 e 60, tinham como ponto de encontro a doçaria Terminus. Lá, era servido um doce mil-folhas recheado de creme que deixou saudade. Mas o local não se resumia apenas à doçaria localizada no térreo. No hotel do mesmo nome, hospedavam-se de políticos a homens de negócios, além de artistas famosos.

O hotel foi erguido no final dos anos 40 – a inauguração ocorreu em 1949 – pelo engenheiro e ex-prefeito Miguel Vicente Cury. Chegou imponente com suas janelas de madeira, venezianas que já não se fabricam mais, e mudou a paisagem da avenida Francisco Glicério.

Ao encerrar suas atividades em 1985, o prédio passou a ser o endereço principal do Magazine Luiza. O edifício foi tombado pelo Condepaccc (Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas).

No Terminus ficaram hospedados Washington Luís, Jânio Quadros e outros políticos. Cauby Peixoto cantou na janela de seu quarto para atender a pedidos de jovens que frequentavam a Lanchonete Sanducha, vizinha do hotel. Noivos reservavam com antecedência os espaçosos salões para as festas de casamento.

No Carnaval, os rapazes se multiplicavam na calçada para ver a cantora Emilinha Borba , que na época participava de apenas três gritos carnavalescos: hotéis Waldorf Astoria, em Nova York, Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, e Terminus, em Campinas.

Outro endereço que faz parte da história da cidade funcionou de 1953 a 1977: o restaurante Armorial, que ficava na rua General Osório. A casa pertencia ao casal Solange e Ângelo Lepreri, e tinha música ao vivo, pista de danças e festas inesquecíveis.

Solange, uma francesa de olhos claros, era elegante e requintada. Angelo, italiano de San Remo, recebia campineiros e figuras ilustres de outros países, como a rainha Elizabeth II, da Inglaterra, que na década de 60 veio visitar o Instituto Agronômico de Campinas e saboreou camarões no Armorial.

De 1953 a 1977, o restaurante Armorial funcionou na rua General Osório

Voltando a um passado mais distante, teve uma época em que Campinas ganhou um clima afrancesado, “oui” pra todo lado. Em 1880, foi inaugurado o restaurante Des Pirinés, conceituado por sua cozinha à la carte. Já o Restaurante de France, fazia anúncios em francês nos jornais locais para sugerir suas especialidades. Um terceiro endereço gastronômico bastante apreciado era o La Renaiscense, localizado na rua Regente Feijó.

Durante muitos anos, funcionou em Campinas o Hotel de França, de Ferdinand Domingos, que mantinha restaurante, sorveteria, confeitaria, salão de chá e fábricas de doces finos.

Também ficou famosa por suas múltiplas atividades a casa Ao Monde Elegant, de Alfredo Genoud, com livraria, papelaria, armarinhos, brinquedos, instrumentos musicais, fábrica de caixa de papelão , perfumaria e tipografia. Um dos mais conhecidos estabelecimentos de moda que a cidade mantinha no seu requintado comércio era a Notre Dame de Paris, de proprietários portugueses, na rua Dr. Quirino. Lá, eram vendidos enxovais finos para noivas sofisticadas.

Chapéus, fitas e enfeites variados eram acessórios muito procurados nas casas La Marguerite, Mme.Rose e Vile de Paris, no Largo da Matriz Nova. Para os cavalheiros que buscavam um moderno corte de cabelo, o Salão de Paris, na Rua Direita (Barão de Jaguara), oferecia um tratamento especial para barba e bigodes, com friccões de perfumaria estrangeira. Também tinha boa clientela a Chapelaria Francesa, de madame Henriete Bhermann, na Praça da Matriz Velha.

Escovas, pentes, leques e tranças eram vendidos no Ao Chic Parisien, sempre em dia com as tendências.

E a diversão? Uma lei de outubro de 1829 ainda prevalecia em 1854, quando aconteciam determinadas atividades nos logradouros, como congadas e bailes de mascarados. Em clubes e fazendas eram realizados bailes populares, chamados de “assustados”, em que os participantes dançavam quadrilhas e miudinho, uma roda de dança. No livro Os Cantos e os Antros, de José Roberto do Amaral Lapa, são citadas várias atrações da antiga Campinas.

Na esquina das ruas das Casinhas (General Osório) com a da Boa Morte (Padre Vieira), ficava um terreno onde se armavam circos de cavalinhos, com espetáculos de variedades.

Em 1873, a cidade contava com cinco concorridos salões de bilhar, naturalmente reservados aos homens. Bandas eram formadas e orquestras infantis se exibiam nos finais de semana, uma delas aos domingos, no Jardim Público, sob a regência do maestro Azarias Dias de Melo.

Também havia espaços culturais privados, com debates e recitais. Era o caso da Farmácia Salles (Largo da Catedral). Lá, entre 1886 e 1889, ao cair da tarde, médicos se reuniam para animadas discussões.

No meio rural, as diversões eram outras, com grupos em romaria, de uma fazenda para outra, colhendo frutas da estação. Na Casa do Eloy, no número 18 da Praça da Matriz Velha, em um armazém de secos e molhados, reuniam-se fazendeiros, industriais, advogados, médicos, políticos e jornalistas em alegre convívio. Por lá rolavam bilhar, xadrez, dominó e bola no quintal.

Antonio Benedicto de Castro Mendes em seu escritório na Casa do Livro Azul

Tinha mais, muito mais, como a Casa do Livro Azul, uma loja de encadernações que se expandiu e, em 1886, era o maior sucesso no comércio da cidade.Tipografia, papelaria e livraria. Faltava algo? Em 1888, como Antonio Benedicto de Castro Mendes, o proprietário, era amante das artes, o estabelecimento passou a vender pianos. Ele se orgulhava de ter importado da Alemanha seis pianos por mês, fabricados por Carl Scheel, de Cassel.

Foi na música que a vida cultural de Campinas se revelou de maneira intensa, não apenas pela grande presença de imigrantes estrangeiros, como também pelas famílias brasileiras, como a de Maneco Músico, pai de Carlos Gomes.

Caro leitor, continue enviando sugestões. Para Campinas, parabéns pelos 247 anos!

Janete Trevisani é jornalista – janetetrevisani@gmail.com

 

 

Tags: 247 anosCampinascolunistasHistóriaHora CampinasJanete TrevisaniMemória
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