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Revolução dos tratamentos oncológicos a partir da Leucemia Mielóide Crônica (LMC) – por Carmino de Souza e Katia Borgia Barbosa Pagnano

Carmino de Souza Por Carmino de Souza
25 de setembro de 2023
em Colunistas
Tempo de leitura: 4 mins
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Revolução dos tratamentos oncológicos a partir da Leucemia Mielóide Crônica (LMC) – por Carmino de Souza e Katia Borgia Barbosa Pagnano

Foto: Freepik

No dia 22 de setembro celebra-se o dia Mundial da Leucemia Mieloide Crônica. Essa data é emblemática, pois simboliza a descoberta da translocação cromossômica que ocorre entre os cromossomos 9 e 22 em mais de 90% dos casos de LMC, principalmente em adultos, mas com raros casos em crianças e também conhecido como cromossomo Filadélfia (homenagem a cidade onde foi descrita há várias décadas). Essa alteração cromossômica, que pode ser adquirida durante a vida, leva à formação de um gene de fusão, que dá origem a uma proteína chamada BCR:ABL1, que por sua vez leva a proliferação celular intensa e é a causa da doença.

A LMC é um câncer hematológico relativamente raro, que atinge 1-2 indivíduos a cada 100.000 habitantes. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam que no Brasil o número estimado de casos novos de leucemia para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 11.540 casos.

A LMC corresponde a 15% das leucemias e pode ser assintomática no início e detectada somente pela presença do aumento das células brancas no sangue (leucocitose) em exames de rotina, mas muitos pacientes podem ter na apresentação inicial sintomas como perda de peso, fadiga, sensação de plenitude gástrica ou desconforto abdominal pelo aumento do baço.

A LMC durante muitas décadas foi uma doença bifásica e inexoravelmente fatal, com exceção dos poucos casos que podiam ser submetidos ao transplante de medula óssea e onde o paciente após uma fase inicial (fase crônica) que durava em média 5-6 anos, e após este período evoluía para uma fase de transformação e uma fase final onde ocorria uma leucemia aguda refrataria, chamada de crise blástica com óbito em poucos meses na maioria dos casos.

Felizmente após a descoberta dos genes envolvidos e o desenvolvimento das terapias alvo, os inibidores de tirosina quinase, houve uma drástica mudança no prognóstico e na sobrevida dos pacientes com LMC, se assemelhando hoje em dia à da população geral.

A LMC é um dos maiores exemplos de sucesso das terapias alvo e já há cerca de duas décadas de experiência com os inibidores de tirosina quinase. Podemos dizer que, a partir deste tratamento da LMC a oncologia se transformou e uma quantidade crescente para muitas neoplasias puderam e podem ser tratadas com tratamentos mais “inteligente”, menos tóxicos e mais personalizados respeitando o conhecimento biológico da doença.

A primeira droga desenvolvida para a LMC foi o mesilato de imatinibe, que até hoje é o tratamento inicial para os pacientes tratados no Sistema Único de Saúde (SUS), embora outras drogas também sejam aprovadas para uso na primeira linha de tratamento, como o bosutinibe, dasatinibe e nilotinibe. A maioria dos pacientes apresenta boa resposta ao imatinibe, mas para os pacientes que desenvolvem resistência ou intolerância está indicada a troca para um inibidor de segunda geração.

Mesmo com essas opções, há pacientes que podem necessitar de outros tratamentos, como o ponatinibe ou asciminibe, ainda não disponíveis no SUS, ou ainda do transplante alogênico de célula-tronco hematopoiéticas (transplante de medula óssea). O tratamento da LMC é monitorado através de um exame de sangue chamado de RT-PCR quantitativo, onde se avalia a carga tumoral da leucemia.

Esta é outra revolução. Na LMC podemos monitorar e estimar o quanto de doença o paciente tem através de métodos moleculares até o limite do método e fazer as intervenções, quando necessária, em favor do paciente.

Na medida em que o tratamento vai sendo bem-sucedido, essa carga tumoral vai sendo reduzida, podendo tornar-se indetectável. É importante dizer que o sucesso do tratamento e a obtenção das respostas adequadas depende de uma ótima adesão ao tratamento. Interrupções não planejadas, tanto pelo paciente (perda de aderência comum em doenças crônicas) como a eventual falta do remédio, podem ser extremamente prejudiciais e levar a maior taxa de insucesso e resistência.

Os pacientes que atingem resposta molecular profunda estável podem ser elegíveis para protocolos de suspensão de tratamento, mas somente sob supervisão médica rigorosa e controles laboratoriais adequados. A taxa de sucesso da suspensão desses casos é de cerca de 50%.

Portanto, no dia 22 de setembro, além de celebrarmos o dia da conscientização sobre a LMC e o avanço da ciência na melhora da sobrevida dos pacientes, também chamamos a atenção da sociedade para os aspectos da doença e para as necessidades ainda não atendidas, como a necessidade do fornecimento contínuo dos tratamentos, sem interrupções, a incorporação e o acesso às novas drogas na rede pública e privada e os exames necessários para o monitoramento do tratamento.

Ainda há muito a se fazer para encontrar a cura e várias pesquisas tem sido desenvolvidas com o objetivo de aumentar o número de pacientes com resposta molecular profunda e aumentar a taxa de sucesso dos protocolos de suspensão do tratamento, evitando assim os efeitos adversos crônicos que podem ser causados pelas medicações.

 

1. Senapati, J., Sasaki, K., Issa, G.C. et al. Management of chronic myeloid leukemia in 2023 – common ground and common sense. Blood Cancer J. 13, 58 (2023). https://doi.org/10.1038/s41408-023-00823-9;

2. Instituto Nacional de Câncer (Brasil). Estimativa 2023: incidência de câncer no Brasil / Instituto Nacional de Câncer. – Rio de Janeiro: Inca, 2022.

 

Carmino Antônio De Souza é professor titular da Unicamp. Foi secretário de saúde do estado de São Paulo na década de 1990 (1993-1994), da cidade de Campinas entre 2013 e 2020 e Secretário-executivo da secretaria extraordinária de ciência, pesquisa e desenvolvimento em saúde do governo do estado de São Paulo em 2022. Atual presidente do Conselho de Curadores da Fundação Butantan.

 

Katia Borgia Barbosa Pagnano é livre-docente e médica hematologista do Hemocentro pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp; professora de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas -PUCC e Coordenadora do Comitê de LMC da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH).

Tags: câncerCarmino de SouzacolunistashematologiaHora CampinasLetra de MédicoLeucemia Mieloide CrônicaLMCmedicinapacientessaúdetratamentos
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Carmino de Souza

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