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Home Colunistas

RMC precisa ter maior atenção às mudanças climáticas – por José Pedro Martins

José Pedro Martins Por José Pedro Martins
11 de outubro de 2023
em Colunistas
Tempo de leitura: 4 mins
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RMC precisa ter maior atenção às mudanças climáticas – por José Pedro Martins

Foto: Leandro Ferreira/Hora Campinas

As fortes chuvas continuaram fazendo estragos na Região Sul do Brasil, enquanto uma estiagem histórica seca rios da Amazônia, o território com maior volume de água doce do mundo. As mudanças climáticas prosseguem em sua escalada de impactos também no Brasil e não tem sido diferente no conjunto dos 20 municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC).

Depois de vários dias de calor extremo, com termômetro perto dos 40 graus, a RMC sofreu nas últimas horas com fortes tempestades, que provocaram muitos danos em vários municípios. Em Sumaré foi registrado um recorde histórico, com 247,4 milímetros de chuvas em nove dias.

Esse grande volume de chuvas resultou em transbordamento do ribeirão Quilombo e do córrego Jacuba e a consequência foi a inundação de áreas de risco no município. O cenário de destruição levou o prefeito Luiz Dalben (Cidadania) a decretar situação de emergência em Sumaré.

Outros municípios da RMC também sofreram com as chuvas intensas. Nova Odessa, Hortolândia e Monte Mor também foram muito castigados. Campinas não foi exceção e somente nos cinco primeiros dias de outubro foram 132 milímetros de chuvas, maior volume nos últimos cinco anos nesse período do ano.

Em Campinas, 25 parques públicos chegaram a ser fechados para evitar acidentes. O atendimento no Hospital Municipal Dr. Mario Gatti foi afetado, com o alagamento de partes da recepção e do Pronto Socorro. Centros de Saúde de vários bairros também tiveram atendimento prejudicado na segunda-feira, em função de alagamento. Muitas árvores tombaram, sempre com risco de acidentes.

Foto: Leandro Ferreira/Hora Campinas

O que temos visto nos últimos meses é o agravamento de um panorama que já vinha sendo observado por instituições de pesquisa. O Instituto Agronômico de Campinas já tinha detectado mudanças no padrão de temperaturas desde o início do século 20 na cidade. Essas alterações foram comprovadas por estudo que acaba de ser divulgado por pesquisadores da Unicamp.

Segundo esse estudo, conduzidos por doutorandos do Instituto de Geociências (IG) e do Instituto de Biologia (IB), entre 1989 e 2022 a média de temperaturas máximas na cidade cresceu em 1,2 grau centígrado. À primeira vista pode parecer pouco, mas na realidade é muito na escalada da temperatura geral.

No momento, há um esforço de vários atores pela redução de gases de efeito-estufa, de modo que a temperatura do planeta suba no máximo 1,5 grau até o final do século. Tudo indica que essa meta, estabelecida em 2015 no Acordo de Paris, não será alcançada. A elevação da média máxima em Campinas é mais um sinal nesse sentido.

Durante muito tempo, a Região Metropolitana de Campinas discutiu a importância de medidas para alcançar a segurança hídrica. A forte estiagem de 2014 e 2015, que reduziu o volume do Sistema Cantareira a níveis históricos, contribuiu para que o debate evoluísse principalmente para ações voltadas para evitar um colapso no abastecimento de água, como a construção de novos reservatórios.

Essas ações continuam sendo relevantes, pois as mudanças climáticas têm sido cada vez mais imprevisíveis. Pode ocorrer uma seca extrema ou, pelo contrário, uma temporada de chuvas bem mais fortes do que a região estava acostumada. Então, necessariamente é preciso avançar na discussão sobre medidas para enfrentar as mudanças climáticas de forma geral.

Pela grande concentração populacional e pelo seu vigor econômico, a RMC demanda, de fato, um sólido sistema de enfrentamento das mudanças do clima. Nesse sentido é fundamental a cooperação intermunicipal, considerando o alto grau de conurbação que existe na região.

O conjunto da RMC tem avançado no sentido de adotar as premissas do Programa Cidades Resilientes, das Nações Unidas. Entretanto, é possível e necessário avançar mais, considerando cenários realmente extremos para os próximos anos.

Ampliação significativa de áreas verdes, investimento ainda maior em transporte público, plantio maciço de árvores, implementação de um eficiente programa de coleta seletiva de resíduos (para reduzir ao máximo os descartes de lixo nas margens ou diretamente nos córregos, ribeirões e rios) são medidas defendidas há anos e que precisam ser expandidas.

Do mesmo, é necessário um plano ousado para combate a fortes enchentes, pois elas fatalmente acontecerão no âmbito do aquecimento global cada vez mais intenso, com anos cada vez mais quentes de acordo com as agências da ONU.

Infelizmente, as negociações chamadas de alto nível para deter as mudanças climáticas não estão prosperando. Isso tem levado a lideranças como o papa Francisco a pedir um empenho mais intenso dos governantes.

“Ninguém pode ignorar o fato de que nos últimos anos testemunhamos fenômenos climáticos extremos, períodos frequentes de calor incomum, seca e outros gritos de protesto”, afirmou o pontífice em sua última carta papal, publicada no dia 4 de outubro. O papa culpou o “estilo de vida irresponsável” observado no Ocidente como grande responsável pela crise climática global.

O papa Francisco tem-se diferenciado de todos os outros chefes da Igreja Católica pela atenção a questões seculares que afetam a todos, como as mudanças climáticas.

É um claro sinal de alerta para a urgência que alcançou a questão climática, embora mesmo entre católicos ainda exista um grande número de pessoas que não acreditam que as mudanças do clima são resultantes de ações humanas “irresponsáveis”, como citou o papa. Uma pesquisa recente do Pew Research Center, dos Estados Unidos, revelou que somente 44% dos católicos norteamericanos acreditam que as mudanças do clima são derivadas de ações humanas.

De qualquer forma manifestações como a do papa Francisco são importantes, mas o que vai mudar mesmo o grave quadro da crise climática é uma ação ainda mais vigorosa da cidadania planetária. A começar pelas cidades, pela preocupação com o lugar onde as pessoas moram. A Região Metropolitana de Campinas, sede de um dos mais importantes polos científicos da América Latina, tem todas as condições de ser um exemplo em enfrentamento das mudanças do clima, que apenas tendem a se agravar em futuro bem próximo.

 

José Pedro Martins é jornalista, escritor e consultor de comunicação. Com premiações nacionais e internacionais, é um dos profissionais especializados em meio ambiente mais prestigiados do País. E-mail: josepmartins21@gmail.com

Tags: colunistasconscientizaçãoecologiagestãoHora CampinasHora Sustentabilidadejosé pedro martinsmeio ambientemudanças climáticasplanetarecursos naturaisRMC
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