Dois suspeitos presos nesta sexta-feira (29), em Campinas, estão no centro da investigação que revelou um plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para assassinar um promotor de Justiça.
Segundo o Ministério Público, eles tinham papéis distintos na trama criminosa: um é um influenciador digital com milhões de seguidores em redes sociais, que atua no ramo de motocicletas e é apontado como responsável por lavar recursos da facção.
O outro seria o encarregado de acompanhar a rotina do promotor, mapear locais de frequência e viabilizar a logística para a execução do crime, incluindo carros blindados e a contratação de executores.
As investigações apontam que os dois contribuíram com recursos e estrutura para a compra de veículos, armamentos e demais preparativos para a emboscada.
A intenção seria frear apurações sobre crimes da facção, como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa armada.
“Nós conseguimos corroborar todas as informações e apurando que, de fato, havia um carro blindado preparado com armamento de alto poder destrutivo, uma .50, que seria utilizado nesse iminente atentado”, afirmou o promotor de Justiça, Marcos Rioli, em entrevista a emissoras de TV e portais.

Terceiro preso
Além os empresários, uma terceira prisão foi realizada no decorrer da operação, quando a Polícia Militar cumpria mandados de busca e apreensão.
Trata-se do namorado da filha de um dos investigados. Ao perceber a presença dos policiais, ele quebrou o celular e jogou o aparelho pela janela do apartamento, numa tentativa de destruir provas.
O telefone e um cartão bancário foram recuperados em um imóvel vizinho. E o suspeito responderá por obstrução de Justiça.
Segundo o promotor, a trama foi descoberta na quarta-feira (27) e segue em investigação. “A Justiça se manteve atenta e sensível a toda essa ação, e em breve vamos dar cumprimento também a um mandado de prisão expedido contra uma das lideranças da facção”, afirmou.
O procurado citado por Rioli estaria foragido possivelmente na Bolívia e é considerado um dos principais articuladores do tráfico de drogas no País.
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