Nos últimos 16 meses, o campineiro andou arredio às belezas da cidade, por força do confinamento e imposição do isolamento. Mas Campinas pulsou – e mudou. Olhar para frente é a missão que sucede os tempos difíceis. O município chega aos 247 anos neste dia 14 de julho envolvido pela ansiedade do recomeço. Será um seguir adiante semelhante a outros descritos pelas memórias.
Passado, presente e futuro entrelaçam a história de Campinas. São as lembranças que alçam o espírito a novos desafios, como os que virão no futuro, no pós-pandemia, quando o “novo normal” do presente for enterrado – até porque nunca será “normal”, velho ou novo, chorar milhares de perdas e relacionar números a vidas.
Enquanto a rotina segue em suspensão pandêmica, o Hora Campinas mostra que a história construiu em Campinas 247 anos de experiências e lições para serem compartilhadas. Inspirações para o recomeço da vida.
Foi durante a pandemia que o prédio do Éden Bar, na Rua Barão de Jaguara, passou por uma grande reforma e voltou à vida no coração de Campinas. Foto: Leandro Ferreira/Hora Campinas
A Casa de Saúde de Campinas abriu suas portas aos doentes da Covid-19, após uma história ligada a outras graves crises de saúde na cidade, como os males da febre amarela e posteriormente os efeitos avassaladores da gripe espanhola. Foto: Leandro Ferreira/AAN
A capela da Santa Casa de Misericórdia, tombada pelo Estado (Condephaac) e pelo Município (Condepacc). A Santa Casa de Misericórdia de Campinas foi fundada pelo Padre Joaquim José Vieira, vigário da paróquia de Nossa Senhora da Conceição (Catedral) Foto: Leandro Ferreira/Hora Campinas
De acordo com o Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc), os restauros das edificações não paralisaram durante a pandemia, porém, ocorreram de forma mais lenta devido aos impedimentos físicos e presenciais. Nos últimos dois anos, foram restaurados: o Externato São João, o Sindicato dos Ferroviários da Zona Paulista, o Altar-Mor e Capelas das naves laterais da Catedral de Campinas, a Rosácea e frente da Basílica do Carmo, O Colégio Técnico Bento Quirino (Cotuca), a Casa da Chácara da Presciliana Soares (popularmente chamado de Ateneu), as estações da Maria-Fumaça de Campinas, entre outros.
Catedral Metropolitana de Campinas: Altar-Mor e Capelas das naves laterais passaram por restauro durante a pandemia. Foto: Leandro Ferreira/Hora Campinas
Casarão histórico pertencente à prefeitura e tombado pelo Condepacc, o prédio do antigo Colégio Ateneu abrigou a edição de 2019 da Campinas Decor. Construído em alvenaria com tijolos do final do século 19, o casarão pertenceu à família Abreu Soares e serviu de moradia até 1954. Foto: Leandro Ferreira/Hora Campinas
O imóvel da Rua Barão de Jaguara, 1.373, está em fase de análise pelo Condepacc: muita gente famosa passou por essa casa acolhedora ao longo das décadas. Foto: Leandro Ferreira/Hora Campinas
Fundado em 29 de Julho de 1870, o Hospital Beneficência Portuguesa foi um dos primeiros a usar a hidroterapia (1882), a iluminação a gás (1885) e raios X (1898). A sede atual, projetada em 1930, por Ricardo Severo, reporta-se a referências do estilo neoclássico e barroco do repertório de tendências ecléticas no século 19. Foto: Leandro Ferreira/AAN
A Prefeitura de Campinas pode emitir Certificados de Potencial Construtivo a proprietários de imóveis tombados para que possam ser utilizados na recuperação do patrimônio. Assim, o proprietário pode fazer a captação de recursos para serem utilizados na recuperação do bem
Fachada da capela do Externato São João, Foi inaugurado em 24 de junho de 1909 e que 1994 abriga a Obra Social São João Bosco. Os trabalhos de restauro no edifício se concentraram na fachada, no teatro e na capela. Foto: Leandro Ferreira/Hora Campinas
O Roteiro da Saúde de Campinas inclui os mais importantes hospitais públicos e privados que fazem parte da história do município. Dele faz parte o Hospital Irmãos Penteado, cuja história remonta à criação, em 1926, do Pavilhão de Cirurgia da Santa Casa de Misericórdia, construído a partir de doações do Dr. Salustiano Penteado. Suas obras, no entanto, alcançaram uma nova dimensão com o legado de seu irmão, Sr. Severo Penteado que em 1932 deixou recursos para ampliar e transformar o pavilhão em um novo hospital. Sua inauguração ocorreu em 1936. Foto: Leandro Ferreira/Hora Campinas
O prédio do Jockey Club Campineiro foi projetado pelo engenheiro Augusto Lefréve, com fachada e decoração interior inspirados nos palacetes franceses do final do século 18. Foto: Leandro Ferreira/Hora Campinas
Segundo informou o Condepacc, atualmente existem 127 processos de tombamento em Campinas, nos quais estão inseridos 645 construções
As estações da Maria-Fumaça passaram por obras de recuperação e continuam a preservar a história das ferrovias brasileiras. Foto: Leandro Ferreira/Hora Campinas
A Igreja Nossa Senhora do Carmo foi elevada à condição de Basílica por decreto do Papa Paulo VI, em 6 de novembro de 1975, por ter sido a primeira igreja da cidade de Campinas. A construção do prédio original foi iniciada em 14 de julho de 1774. O prédio atual começou a ser erguido na década de 1920. Foto: Leandro Ferreira/Hora Campinas
O prédio da Estação Cultura foi inaugurado em 1884, como estação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro. A construção é um marco no Centro de Campinas e representa o auge da época cafeeira. Foto: Leandro Ferreira/Hora Campinas
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