A diretora Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) de Campinas, Andrea Von Zuben, fez um apelo nesta quinta-feira (13) para que as pessoas só procurem os postos da rede pública de saúde para a realização de testes de covid, quem estiver com sintomas graves. Segundo ela, os de sintomas leves, podem ficar em casa.
“A gente não tem falta de testes. Chegou uma remessa grande de testes de antígeno do Estado muito recentemente e não temos problema com isso no presente momento. Só que vamos pensar que teremos aumento exponencial”, disse ela.
“Mas porque que eu quero me testar? Para saber se estou com covid, mas isso não vai mudar em absolutamente em nada a conduta que a gente vai ter em relação àquele paciente. Quando vamos a um hospital, por exemplo, o médico pode pedir um hemograma e aquilo, muitas vezes, vai direcionar o tratamento”, exemplifica.
“Neste caso, o teste (de covid) não vai mudar em nada a conduta clínica que será tomada em relação ao paciente. Então essa coisa de ir a filas quilométricas para se testar, é como o Dr. Lair (secretário de Lair Zanbom) já falou e eu vou repetir. Na verdade, qualquer coisa que a gente tem – uma dor de cabeça, garganta raspando, coriza; pode acreditar. Vai ser ômicron. A probabilidade de ser ômicron é muito alta. Então, gente, é ficar isolado; usar máscara bem ajustada ao rosto. Não precisa sair nessa corrida por teste”, adverte.
“Resumindo. Nós temos temos testes, mas não gostaríamos que as pessoas saíssem como doidas para se testarem, porque isso não muda a conduta nem em relação ao isolamento nem a conduta clínica”, finaliza.
O diretor técnico do Hospital Mário Gatti, Carlos Arca informou que 99% dos atendimentos são para casos leves e a grande maioria de pessoas entre 20 e 60.
“São as pessoas que estão trabalhando, mas que poderiam evitar filas e pressão na rede, se utilizassem o atestado sanitário, que está disponível no site da prefeitura. Não precisam ir a uma posto para pedir atestado para o trabalho”, afirma ele.
Os pedidos de atestado sanitário aumento de forma acentuada na cidade. Foram 152 em dezembro e até o dia 6 de janeiro, já havia subido para 414.