O Programa SuperAção SP inicia sua primeira etapa com a adesão de 25 municípios da Região Administrativa de Campinas, que reúne o maior número de cidades participantes do estado. No total, 44 municípios paulistas confirmaram a adesão, entre eles Campinas, Paulínia, Sumaré e Valinhos.
Conforme o governo de São Paulo, a definição dos municípios seguiu critérios técnicos baseados em dados como incidência de pobreza, desenvolvimento econômico (PIB) e taxa de ocupação, indicadores que demonstram potencial de inclusão produtiva.
Com investimento inicial de R$ 500 milhões, o programa reúne 29 políticas públicas de diferentes secretarias em uma jornada de atendimento a famílias em situação de vulnerabilidade. Nesta primeira fase, o Estado disponibilizará R$ 110 milhões em cofinanciamento para que os municípios ampliem e qualifiquem serviços socioassistenciais, como CRAS (Centros de Referência de Assistência Social), CREAS (Centros de Referência Especializados de Assistência Social), Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e atendimento domiciliar, entre outros.
A expectativa é de que a partir de uma busca ativa no CadÚnico (Cadastro Único), cerca de 105 mil famílias sejam acompanhadas até 2026. Para isso, elas precisam estar inscritas e com o cadastro atualizado nos últimos 24 meses, além de possuírem renda familiar per capita abaixo de meio salário-mínimo (R$ 759).
O programa prevê dois tipos de trilha de atendimento: proteção Social, voltada às famílias com maior dificuldade de inserção produtiva; e superação da pobreza, destinada para famílias com perfil ativo para o mercado de trabalho.
As famílias serão acompanhadas por até dois anos, com planos personalizados que incluem auxílios financeiros, incentivos para metas cumpridas, qualificação profissional e conexão ao mundo do trabalho. Os benefícios podem chegar a R$ 10,4 mil por família ao longo do ciclo do programa.
Segundo a administração estadual, para garantir acompanhamento individualizado, estão em fase de contratação os primeiros 150 Agentes de SuperAção, que começam as atividades agora em setembro. Eles vão visitar as famílias, elaborar em conjunto com elas planos de desenvolvimento individualizado e atuar como elo entre serviços e oportunidades de emprego e renda.
Os agentes serão treinados para orientar cada núcleo familiar ao longo de três módulos complementares: Proteger, que dá acesso a programas sociais, alimentação, saúde, moradia e educação infantil; Desenvolver, com qualificação profissional e incentivo à formação com auxílio financeiro por metas cumpridas; e Incluir, com entrada no mundo do trabalho e apoio ao empreendedorismo, com bonificação pela autonomia conquistada.
“A região de Campinas tem um peso fundamental para o sucesso da primeira onda do SuperAção SP. Ao mesmo tempo em que concentra um grande número de famílias em situação de vulnerabilidade, também é um polo econômico dinâmico, com forte capacidade de absorver mão de obra e gerar oportunidades. Essa combinação torna o território ideal para mostrar o impacto que o programa pode alcançar ao transformar vidas com dignidade, autonomia e inclusão produtiva”, afirma a secretária de Desenvolvimento Social, Andrezza Rosalém.
As cidades da região que formalizaram a adesão ao programa deverão agora publicar decretos municipais, comprometendo-se com premissas como o fortalecimento da rede socioassistencial, conectar as famílias participantes às políticas públicas e estruturar equipes locais para acompanhamento das famílias.
Municípios da Região Administrativa de Campinas na primeira onda: Araras, Cabreúva, Campinas, Cordeirópolis, Elias Fausto, Holambra, Indaiatuba, Iracemápolis, Itatiba, Itupeva, Jaguariúna, Jarinu, Jundiaí, Limeira, Louveira, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara D’Oeste, Santa Gertrudes, Santo Antônio de Posse, Sumaré, Valinhos e Várzea Paulista.











