O candidato a governador do estado de São Paulo, Tarcísio Freitas (REP), repetiu o desempenho do presidente Jair Bolsonaro (PL) e venceu em todas as cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC), no 1º turno das eleições realizadas neste domingo (2). Na média das 20 cidades, ele recebeu 50,85% dos votos válidos. O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), alcançou 28,42% dos votos, na média.
Na RMC, o ex-ministro da Infraestrutura conseguiu 806.660 votos, ante 528.277 de Haddad, uma diferença de 278.383. O segundo turno das eleições será realizado no próximo dia 30.
O melhor desempenho percentual de Tarcísio deu-se em Americana, antigo reduto do PSDB. Lá, o candidato alcançou 56,91%, com 71.780 votos. O melhor desempenho percentual de Haddad ocorreu justamente em Hortolândia, antigo reduto petista, que apesar de não mais dar vitórias ao PT, segue identificado com o partido. No município Haddad conseguiu 40,54%, com 46.501 votos.
O candidato bolsonarista atingiu mais de 50% dos votos em 11 das 20 cidades da RMC. O resultado mostra que nem todos que votaram em Bolsonaro para presidente, votaram em Tarcísio para governador. Bolsonaro conseguiu mais de 50% dos votos em 17 dos municípios que compõem a RMC.
O presidente teve 957.019 votos na RMC, mas Tarcísio atingiu 806.660. Uma diferença de 150.359. Na média, o presidente teve 56,38% dos votos da RMC, Tarcísio ficou com 50,85.
A máxima também vale para o outro lado da disputa. Nem todos que votaram em Lula para presidente, votaram em Haddad para governador. Lula teve 657.069 votos na RMC, Haddad conseguiu 528.277. Uma diferença de 128.792 votos. Na média, Lula teve 34,12% dos votos da RMC e Haddad 28,42%.
Campinas, maior colégio eleitoral da região, rendeu 274.044 votos a Tarcísio e 218.272 a Haddad, uma diferença de 55.772, ou 9,39% de vantagem para o candidato do presidente.
A disputa entre os dois candidatos ao governo paulista é um resultado histórico, porque acaba com uma hegemonia de 28 anos do PSDB no estado. O partido ganhou todas as eleições de 1994 até 2018.
Segundo turno em 12 estados
O segundo turno das eleições para governador será realizado em 12 estados. Nessas unidades da federação, nenhum dos candidatos atingiu mais de 50% dos votos válidos para vencer a disputa em primeiro turno.
O segundo turno será disputado entre os seguintes candidatos:
Alagoas – Paulo Dantas (MDB) x Rodrigo Cunha (União)
Amazonas – Wilson Lima (União) x Eduardo Braga (MDB)
Bahia – Jerônimo Rodrigues (PT) x ACM Neto (União)
Espírito Santo – Renato Casagrande (PSB) x Marato (PL)
Mato Grosso do Sul – Capitão Contar (PRTB) x Eduardo Riedel (PSDB)
Paraíba – João Azevêdo (PSB) x Pedro Cunha Lima (PSDB)
Pernambuco – Marília Arraes (Solidariedade) x Raquel Lyra (PSDB)
Rio Grande do Sul – Onyx Lorenzoni (PL) x Eduardo Leite (PSDB)
Rondônia – Coronel Marcos Rocha (União) x Marcos Rogerio (PL)
Santa Catarina – Jorginho Mello (PL) x Décio Lima (PT)
Sergipe – Rogério Carvalho (PT) x Fábio (PSD)
São Paulo – Tarcísio de Freitas (Republicanos) x Fernando Haddad (PT)
Governadores eleitos no primeiro turno
Acre: Gladson Cameli (Progressistas)
Amapá: Clécio (Solidariedade)
Ceará: Elmano de Freitas (PT)
Distrito Federal: Ibaneis Rocha (MDB)
Goiás: Ronaldo Caiado (União Brasil)
Maranhão: Carlos Brandão (PSB)
Mato Grosso: Mauro Mendes (União Brasil)
Minas Gerais: Romeu Zema (Novo)
Pará: Helder Barbalho (MDB)
Piauí: Rafael Fonteles (PT)
Paraná: Carlos Massa Ratinho Junior (PSD)
Rio Grande do Norte: Fátima Bezerra (PT)
Rio de Janeiro: Cláudio Castro (PL)
Roraima: Antonio Denarium (Progressistas)
Tocantins: Wanderlei Barbosa (Republicanos)