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Home Cidade e Região

13 de Maio: símbolo histórico no Centro da metrópole

Batismo da rua ocorreu em 1888, para marcar a Abolição da Escravatura

Francisco Lima Neto Por Francisco Lima Neto
13 de maio de 2021
em Cidade e Região
Tempo de leitura: 6 mins
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13 de Maio: símbolo histórico no Centro da metrópole

Rua 13 de Maio, uma das mais conhecidas e frequentadas ruas de Campinas - Fotos: Leandro Ferreira

A Rua 13 de Maio é um dos principais símbolos em Campinas da data que marca a Abolição da Escravatura. Quem passa pela principal rua do comércio do Centro da cidade, cotidianamente, talvez nem tenha noção do quanto representa como simbolismo esse nome. O batismo da então Rua São José aconteceu no Dia da Abolição e foi oficializado na sessão da Câmara do dia 28 de maio de 1888, por indicação do vereador Salvador Leite de Camargo Penteado.

Mas a história da via vem de antes. A então Rua São José já era uma das principais vias centrais do Município. Por volta de 1835, Campinas entra no ciclo do café, antes disso já tinha passado pelo ciclo do açúcar, vale lembrar que a produção das duas culturas era feita com mão de obra escravizada. Aliás, a produção do café foi a responsável pela riqueza e desenvolvimento de diferentes setores da cidade.


Em 1872, foi inaugurada a Companhia Paulista de Vias Férreas e Fluviais, ligando Campinas a Jundiaí. Naquela cidade se ligava à São Paulo Railway, que conectava São Paulo e Santos, garantindo o escoamento da produção até o porto. Posteriormente, outras companhias ferroviárias se ligaram à Companhia Paulista, fazendo a conexão do Interior do estado à Campinas, tornando o município um importante entroncamento ferroviário.

À época, a região da Estação Fepasa era considerada periférica e a 13 de Maio tinha a importante missão de conectá-la à área mais central da cidade. Era a porta de entrada do Município para quem chegava de trem, pela estação. Por conta do intenso fluxo de pessoas a via foi se transformando em um importante ponto de comércio varejista de secos e molhados, armarinhos e calçadistas.

Mudança de nome

Em uma passagem do livro de Edmo Goulart, antigo historiador da cidade, consta que o então presidente da Câmara, José Paulino Nogueira, às 15 horas daquele domingo, 13 de maio de 1888, recebeu um telegrama com a notícia da extinção da escravatura, e na sequência forma iniciados os festejos por aquele acontecimento. Na segunda-feira, o presidente da Câmara acompanhado por música e também pelo povo leu, da janela da Casa de Leis, o decreto que acabava com a escravidão. A solenidade foi seguida de vivas e foguetes. Às 16 horas, os vereadores e o povo saíram do Paço Municipal em procissão pelas ruas do Centro.

Para marcar a data, o vereador republicano Salvador Leite de Camargo Penteado, propôs na sessão do dia 28 daquele mês, a mudança do nome da Rua São José para Rua 13 de Maio, o que foi aprovado. Mas não sem o voto contrário de Ricardo G. Daunt. Vale lembrar que as fazendas cafeeiras viviam da mão de obra escravizada, logo o fim da escravidão, que tinha muitos apoiadores na sociedade da época, irritou profundamente os poderosos.

Daunt justificou seu voto contrário à homenagem da seguinte forma: “Tal mudança simbolizando a vitória de um partido sobre outro importa grave ofensa aos aderentes da causa vencida, e contando-se entre estes além de outros muitos cidadãos, a máxima parte de indivíduos pertencentes às famílias territoriais, cuja influência social é por necessidade grande e a quem o Município deve em máxima parte o seu estado de prosperidade, e as instituições de que legitimamente se orgulha”. Mas ele foi voto vencido.

A Rua 13 de Maio é um dos lugares de memória da cidade. Não à toa, nela está instalada a Catedral Metropolitana, ali também marcaram época o Teatro São Carlos e o Teatro Carlos Municipal, ambos demolidos. Por ela também passaram os primeiros bondes que circularam na cidade, puxados por animais, depois substituídos pelos elétricos, que circularam de 1912 até 1968.

A Rua 13 de Maio é o lugar em Campinas onde o pedestre é o mais privilegiado, principalmente a partir de 1970 quando o tráfego de veículos foi proibido, a transformando em um calçadão. Na década de 1980, a área atrás da Catedral se transformou em convívio, com bancos, bancas, arborização, sendo bem atraente para a circulação e local de encontros para tardes agradáveis.

Muitos ainda têm boas lembranças dos comércios antigos como os Alumínios Bittar, Tomóteo Barreiro, Casa Lord, Muricy, Casa Lunardi, Gobbo Calçados, Mappin, Picolotto Calçados, Loja Ceccato, entre outros.

A 13 de Maio pode ter perdido sua área de convívio, após décadas de intervenções em diferentes gestões da Prefeitura, mas manteve sua vocação de centro popular de comércio, com centenas de lojas ao longo de seus mais de 700 metros de extensão, por onde passam cerca de 100 mil pessoas diariamente, em tempos normais.

O ‘pai’ da 13 de Maio

Salvador Leite Camargo Penteado nasceu em Campinas, em 2 de maio de 1847. Em fevereiro de 1878 se casou com Leonor Teixeira Nogueira, com quem teve cinco filhos, entre eles, Heitor Teixeira Penteado, que viria a ser prefeito da cidade (1911-1920). Estudou Humanidades no Colégio Culto à Ciência, depois cursou um ano de Medicina na Academia de Medicina, no Rio de Janeiro, mas desistiu e foi estudar Direito em São Paulo. Se encantou pelos ideais republicanos e tornou-se membro do Clube Republicano Acadêmico da capital da Província de São Paulo.

Em novembro de 1877, Salvador depois de se formar voltou para Campinas para exercer sua profissão. Continuou como membro influente na comunidade republicana. Foi eleito vereador de Campinas e tomou posse no dia 7 de janeiro de 1881. De 1885 a 1886, ele exerceu novamente a advocacia. Em 1886 foi novamente eleito vereador e exerceu seu mandato de 1887 a 1890, sendo presidente da Casa até 2 de janeiro de 1888. Morreu m 30 de setembro de 1902.

Dia de luta e resistência

O dia 13 de maio não é realmente celebrado pelos negros como é o Dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, por exemplo. Isso ocorre porque a Princesa Isabel entrou para a história como a heroína que com apenas uma canetada salvou os cerca de 700 mil negros escravizados que existiam no Brasil. Deixando os negros em posição de passividade diante da “bondade” da elite branca.

Ocorre que a Lei Áurea, assinada pela princesa que ocupava a Regência do Império do Brasil por conta da ausência de seu pai, o imperador dom Pedro 2º, que era submetido a um tratamento de saúde na Europa, foi o desfecho formal da resistência dos negros à escravidão ao longo dos anos, e de vários movimentos como o abolicionista. A escravidão já perdia força desde 1850, por meio da lei Eusébio de Queirós, que proibia o tráfico negreiro, depois de 40 anos de pressões britânicas. Em 1871 também foi aprovada a Lei do Ventre Livre, que tornava livres os filhos de mães escravizadas nascidos a partir dali. Em 1885 foi promulgada a Lei dos Sexagenários, que concedia liberdade aos escravizados a partir dos 60 anos.

O fim da escravidão contou com pessoas de várias classes sociais e políticos, como Joaquim Nabuco, o poeta Castro Alves, e de negros como o advogado Luis Gama e o engenheiro André Rebouças. Até o Exército pediu a dispensa da obrigação de perseguir escravizados fugidos. Depois de tramitar na Câmara e no Senado, em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi levada para sanção da Princesa Isabel. A lei foi importante, pois libertou aqueles escravizados, mas não os incorporou à sociedade, nem promoveu meios de reparação ou de sobrevivência para que começassem uma nova vida. Foram deixados à própria sorte. Nem emprego eles tiveram, pois sua mão de obra foi substituída por brancos ou estrangeiros.

Por conta disso, os negros não comemoram a data, preferem o dia 20 de novembro, que lembra a luta e a resistência de Zumbi dos Palmares. Desde a década de 80, a data da morte de Zumbi é considerada como um dia nacional de combate ao racismo e por igualdade de direitos e oportunidades.

Manifestação hoje no Largo do Rosário

O movimento negro de Campinas realiza hoje, às 18 horas, uma manifestação no Largo do Rosário. O ato “Campinas- nem bala, nem fome, nem Covid, o povo negro quer viver!” tem entre suas bandeiras os pedidos pelo ‘Fim do Genocídio Negro e pelo controle social de atuação das polícias’, pela ‘apuração do assassinato de Wagner Luíz Alves – Jamaica!’ e pela ‘apuração do assassinato de Jordy Moura Silva!’

“Convocamos quem não aceita a barbárie e o genocídio imposto pelos governos milicianos que dirigem o País e diversos Estados, para se unir à @coalizaonegrapordireitos na próxima quinta-feira, dia 13 de Maio, marca histórica da abolição inacabada, em manifestações por todo País”, convoca o texto do ato, organizado pela Coalizão Negra por Direitos.

Tags: AboliçãoCampinasCentroescravaturaHistóriaHora Campinasmovimento negroRua 13 de Maio
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Francisco Lima Neto

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