Uma morte a cada dois dias. Assim, Campinas registrou 156 mortes em 148 sinistros fatais de trânsito em 2024, segundo o Relatório Anual de Sinistralidade divulgado pela Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento). O levantamento mostra que os óbitos se dividiram entre 72 em vias urbanas (46,2%) e 84 em trechos de rodovias (53,8%) que cortam o município.
Nas vias urbanas, o atropelamento de pedestres foi a principal causa de mortes, somando 24 óbitos, seguido pelos choques contra obstáculos fixos, que resultaram em 25 vítimas – a maioria motociclistas.
Já nas rodovias, as colisões lideraram o ranking, com 32 mortes (38,8%), e os atropelamentos de pedestres ficaram em segundo lugar, com 23 vítimas.
Quando dividido por categorias, o total de óbitos em vias urbanas de Campinas caiu de 80 para 72. Em rodovias, foram 84 mortes, mais do que as 79 registradas em 2023.
Quem mais morre no trânsito
Motociclistas e garupas continuam sendo os mais vulneráveis. Em 2024, 71 mortes foram desse grupo, apesar de uma queda de 14,5% em relação ao ano anterior.
A faixa etária mais atingida foi a de 18 a 39 anos, que respondeu por 51,9% das vítimas, com predominância de homens.
Fatores de risco
O relatório aponta que o álcool e o excesso de velocidade foram determinantes em 36,1% dos casos analisados em vias urbanas, muitas vezes ocorrendo em conjunto. Em rodovias, o álcool esteve presente em 39,7% dos sinistros fatais, seguido pela falta de habilitação e pelo comportamento de pedestres.
A Emdec adiantou que até o final de 2025 deverá lançar uma campanha específica para o combate da alcoolemia no trânsito.
Vias Urbanas
Entre as vias urbanas, a Avenida John Boyd Dunlop se destacou como a mais letal, com 21 mortes registradas entre 2022 e 2024. Outras avenidas críticas foram a Ruy Rodriguez, a Comendador Aladino Selmi e a Amoreiras.
Nas rodovias, Anhanguera, Dom Pedro I, Bandeirantes e Santos Dumont concentraram 76,4% dos óbitos no período.
A taxa de mortalidade no trânsito em Campinas foi de 13,15 óbitos por 100 mil habitantes em 2024, número ainda acima da média estadual e que coloca a cidade entre as seis piores do Estado em grandes municípios.
“O número de 156 vidas perdidas no trânsito campineiro é um chamado para que o trabalho preventivo se mantenha incansável rumo à redução destas estatísticas. Por outro lado, esse mesmo esforço trouxe resultados positivos: conseguimos reduzir as mortes no eixo urbano e diminuir em 14% a mortalidade de motociclistas, mesmo diante da alta nacional”, destacou o presidente da Emdec, Vinicius Riverete, no prefácio do anuário.











