Num mundo tão acelerado, dedicar um tempo para escrever e olhar ao redor pode ser uma forma de mergulhar no que você pensa, sonha e acredita. Já pensou em participar de um Clube de Escrita? Voltar a dedicar um tempo para dar vida ao que pensa e sente por meio das palavras? Para mim, escrever é uma oportunidade de conhecer o mundo muito além do meu.
Coleciono histórias, boas ou nem tanto, que só foram possíveis de conhecer e eternizar por meio da escrita. Mas penso que escrever não deve ser só para quem tem como ofício o mundo das palavras.
Escrever deveria ser para todos e, se possível, nunca ficar restrito apenas ao ambiente escolar.
No próximo dia 9 de março, às 19h, a jornalista Débora Gomes, que escreve lindamente para a revista Vida Simples, vai dar vida ao seu primeiro Clube de Escrita, que recebeu o nome: o cotidiano e as palavras. Sim, é tudo em minúsculas mesmo, pois a Débora gosta de mostrar no seu texto que somos todos iguais, o que eu acho tão bonito e profundo.

Para ela, só percebe a magia simples do cotidiano quem tem olhos treinados para sentir. O clube é um convite para sentir as palavras. Tenho certeza de que quem entrar nesta jornada vai se encantar com o acolhimento mineiro dela e querer estender a prosa. Por ser on-line, só vai faltar um café com pão de queijo para se sentir ao lado dela, em Minas Gerais.
Como sou filha de costureira, gosto de pensar na escrita como um processo de costura, no qual vamos cortando, alinhavando, costurando e às vezes remendando, até chegar na história que queremos contar. Acredito que um clube de escrita como esse é uma oportunidade de aprendermos juntos.
Quem acompanha os textos da Debora na revista Vida Simples sabe que ela consegue, a partir do ordinário, construir textos extraordinários que são verdadeiras conversas com o leitor.
Fica aqui o meu convite para embarcarmos juntos nesse Clube de Escrita, que, segundo palavras da Debora, é voltado para unir pessoas que têm a escrita como ofício, paixão ou afeição para compartilhar palavras, dividir experiências e aprender uns com os outros.
Quem quiser saber mais detalhes e perceber todo encanto que mora no cotidiano, fica aqui o Instagram da Debora: @deboragomest_

Kátia Camargo é jornalista e acredita que a escrita é para todo mundo. Ao escrever este texto e pensar na oportunidade de participar deste clube de escrita lembrou da poeta Cora Coralina, que estudou até a terceira série primária e começou a publicar seus textos aos 76 anos, trazendo toda a beleza da escrita do cotidiano, das miudezas. Cora tem uma definição de sua poesia que diz muito o quanto a escrita já existia dentro dela: Poeta não é somente o que escreve. É aquele que sente a poesia, se extasia sensível ao achado de uma rima à autenticidade de um verso.