Por 10 votos a três, o plenário da Câmara Municipal de Vinhedo aprovou na manhã desta terça-feira (22), o pedido de cassação da vereadora Chris PC (MDB) por quebra de decoro parlamentar.
A sessão que definiu a cassação da parlamentar começou na noite de segunda-feira (21) e terminou por volta das 6 horas desta terça.
A vereadora disse ao Hora Campinas, que provavelmente amanhã (23) seus advogados vão entrar com pedido de liminar na Justiça para suspender os efeitos da medida. Chris PC denuncia estar sofrendo violência política de gênero e argumenta que a cassação é um ataque à democracia.
“A Câmara está sendo utilizada para calar a oposição à atual gestão. Isso é antidemocrático. Minha postura lá não é diferente da dos demais vereadores que lá se encontram”, disse a vereadora.
“O que está ocorrendo é uma perseguição. Meu marido (Edson PC) já foi vereador e é o atual vice-prefeito. Mas ele rompeu com o prefeito em março do ano passado porque ele não cumpriu o plano de governo. A partir daí, eu passei a sofrer perseguição no meu mandato”, revelou.
“Vamos judicializar o caso. Meu advogado vai recorrer, provavelmente amanhã. O processo tem vários erros. Tenho certeza de que em breve vamos reverter essa decisão”, concluiu.
No processo de cassação constam duas denúncias – ambas apresentadas no ano passado. Elas dizem que a vereadora acusou vereadores e o prefeito de corrupção, mas não apresentou provas, o que caracterizaria o crime de decoro parlamentar.
“Eu nunca faltei com o decoro. Nunca ofendi nenhum parlamentar . O que eu fiz, foi, sim, criticas ao Executivo. Não fiz nada mais que exercer a minha função de vereadora”, declarou ela durante a sessão.
Disse também que não fez acusações de corrupção contra ninguém. “O que eu fiz foi comentar sobre documentos que haviam sido apresentados”, garantiu.
Para Chris PC , vereadores homens fizeram afirmações muito mais graves na tribuna, em diferentes situações, e não sofreram qualquer tipo de sanção. “Isso se trata claramente de perseguição política. Estou sofrendo violência política de gênero”, acrescentou.
O prefeito de Vinhedo, Dario Pacheco se pronunciou por meio de nota. Disse que “a decisão de rompimento com o Executivo partiu do vice-prefeito, portanto, não procede, de forma alguma, haver qualquer tipo de interferência entre os poderes”, afirmou.
“A cassação da vereadora foi uma deliberação dos parlamentares, em plenário. O Poder Executivo respeita a decisão e a autonomia dos poderes”, finalizou.
Os membros da Comissão Processante foram escolhidos por meio de sorteio . O presidente da Comissão foi o vereador Márcio Melle (PSDB); Rodrigo Luglio (Solidariedade) foi o relator e o terceiro membro foi a vereadora Inês Diogo (MDB).











