Certamente você minha querida leitora, meu caro leitor, já se deparou com o termo furacão, aquele mesmo que você talvez tenha visto em desenhos animados, ou em filmes, quiçá na vida real, o que é mais comum em áreas tropicais e nos Estados Unidos, o mais importante aqui é convidar você a refletir comigo sobre esse tipo de tempestade que por onde passa causa danos materiais, emocionais e deixa sua marca através de estragos.
Na vida passamos por várias fases, tais como as estações climáticas do ano: primavera, verão, outono e inverno, cada fase tem consigo suas características.
Para a alegria de uns e tristeza de outros elas não duram, nem o calor nem o frio, e assim também são as fases em que passamos em nossas vidas, algumas parecem que fluem com uma rapidez que chega a ser covardia com quem nela está inserida de tão boa que é, outras ao contrário parecem não findar, parece que o relógio para, parece que os impactos dessa fase só aumentam e não há uma luz no fim do túnel, como que não há uma solução…
Fases boas, fases ruins, um jogador de futebol é rotulado nelas por comentaristas de futebol, vendedores passam quando não conseguem converter seu atendimento e argumentos em vendas, dentre tantos outros casos e trouxe essa pauta aqui fazendo uma analogia com o clima, com o furacão.
Ouvia uma expressão de minha saudosa avó Dona Angelina: “Você está no olho do furacão Thiago!”, expressão dela que remetia a estar de fato no auge de uma fase ruim, fase que acaba naturalmente filtrando quem são as pessoas que realmente estão ao seu lado, segurando sua mão, não lhe deixando cair, nem voar dada a intensidade do vento.
Você que me acompanha nessa leitura e reflexão, se enxerga passando por uma fase difícil em sua vida? Eu sou o primeiro a erguer a mão e reconhecer isso, não sou melhor que ninguém, e fases ruins, aquelas em seu auge, “no olho do furacão”, tendem a envolver várias áreas de nossa vida, tais como a profissional, a familiar, a emocional…
Fases na qual você se vê refém de um problema que tem grandes desdobramentos, com grande ventania e não tem no que se amparar para não ser levado pelo furacão, furacão este que mesmo passando deixa ali no local sua marca, seu estrago, a reputação manchada, pessoas distantes e o que fazer, uma vez que você sobreviveu a tal tempestade existencial?
O grande filósofo Nietzsche, alemão, expressou certa vez que: “O que não me mata, me fortalece!”. Tiro de tal frase, de tal filosofia de vida, uma referência de como encarar a fase ruim, por mais duradoura que possa parecer, por mais estragos que estejam causando, com injustiças e falta de empatia, é em meios às tempestades que se reconhece o verdadeiro capitão de um navio, medido por sua virtude e qualidade dada a pressão sob a qual está submetido pelo furacão em alto-mar.
Para encerrar tal reflexão, trago outra belíssima frase de Nietzsche que é: “Não me roube a solidão se não for me oferecer a verdadeira paz”.
A partir dela penso que em meio ao furacão e as desgraças que ele está acarretando, ali, naquele momento, naquela fase da vida, é hora de ter as pessoas que se dizem próximas a você por inteiras! Passando por tal fase, olhando os estragos do furacão (estragos tão impactantes como os das enchentes no Rio Grande do Sul) percebo que foi nessa fase que amadureci, nessa fase que filtrei quantos dos 5 mil amigos virtuais realmente estavam comigo e acabei escolhendo ficar em meu canto.
Essa é uma opção de Nietzsche e uma opção minha: sei acolher, sei ouvir, estendo as mãos ao que estiver em meu alcance, mas não me alugue com conversas fiadas que em nada acrescentam em minha vida.
Cada fase traz consigo grandes oportunidades, de sorrir, de se alegrar, de chorar, de repensar posturas, comportamentos e decisões, de se afastar e de amadurecer a ponto de recomeçar um novo capítulo da vida após o estrago deixado pela passagem do furacão.
Como você está lidando com essa fase em sua vida?
Pare e pense sobre ela, isso não é perda de tempo, é postura de pessoas sábias buscarem outras saídas e novas formas de encarar tal furacão a ponto de não se deixar levar pela ventarola, pense em que, em quem você pode se amparar para sair vivo, mesmo que machucado fisicamente e emocionalmente.
Thiago Pontes é Filósofo e Neurolinguísta (PNL) – Instagram @institutopontes_oficial











