A votação do relatório da CPI da Covid feito pelo senador Renan Calheiros deverá ser votado apenas na noite desta terça-feira (26). O presidente da Comissão, senador Omar Aziz suspendeu a reunião pouco depois das 14h. Os trabalhos devem ser retomados às 15h e depois serão novamente suspensos às 17h, a pedido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que pretende votar uma matéria em Plenário.
A comissão parlamentar de inquérito volta a se reunir às 18h30, com a discussão do relatório final de Renan Calheiros. A votação do parecer, porém, deve ocorrer ainda na noite desta terça-feira (26).
A sessão foi iniciada pela manhã com a leitura pelo relator Renan Calheiros dos nomes de 81 pessoas e empresas com pedidos de indiciamento sugeridos pela CPI. Segundo o relator, o “primeiro indiciado” é o presidente da República, Jair Bolsonaro.
A relação traz ainda os nomes de seis ministros ou ex-ministros. São eles: Eduardo Pazuello, Marcelo Queiroga, Onix Lorenzoni, Ernesto Araújo, Wagner Rosário e Walter Braga Netto.
A lista inclui ainda três dos quatro filhos do presidente Jair Bolsonaro: o senador Flavio Bolsonaro (Patriota-RJ), o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Renan sugere ainda o indiciamento dos deputados federais Bia Kicis (PSL-SP), Carla Zambelli (PSL-SP), Carlos Jordy (PSL-RJ), Osmar Terra (MDB-RS) e Ricardo Barros (PP-PR).
Heinze
O relator também recomenda o indiciamento de integrantes do gabinete paralelo, como a oncologista da Nise Yamaguchi, e de pessoas suspeitas de disseminar fake news. Entre elas, os empresários Luciano Hang e Carlos Wizard, além do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS).
Por fim, há uma lista de pessoas que teriam disseminado fake news durante a pandemia, como o blogueiro Allan dos Santos, cuja prisão foi determinada recentemente pelo STF.
O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), acatou o pedido de Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e decidiu indiciar o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) por disseminação de notícias e dados falsos.
“Essa CPI teve a coragem de pedir o indiciamento do presidente da Republica e do líder do governo. Não pode fechar os olhos com relação ao comportamento do seu colega parlamentar”, afirmou Alessandro. (Agência Senado)