Classificado antecipadamente para as quartas de final do Campeonato Paulista, o Guarani foi derrotado por 1 a 0 pela Internacional de Limeira, neste domingo (10), no Estádio Major Levy Sobrinho. Após a partida, o técnico Allan Aal lamentou a falta de volume de jogo do Bugre e projetou o duelo das quartas de final diante do Mirassol.
“Hoje não tivemos o volume que tivemos em outras partidas. Acrescento a questão de o atleta saber que é um jogo que não valia tanta coisa em questão de classificação. É difícil direcionar o pensamento para o atleta, sabendo que vai jogar depois uma partida que há nove anos não se joga. Procurou mobilizar, cobrar, mas as coisas acabaram não acontecendo. Uma partida morna, sem grandes emoções. Eu credito muito essa falta de oportunidades ofensivas mais por esse quesito. A partir de agora, a gente procura recuperar atletas. Preservamos alguns atletas já pensando na quarta-feira. E agora é decisivo, com possibilidade positiva de chegar entre as quatro melhores equipes do Campeonato Paulista”, avaliou.
Diagnosticado pelo departamento médico alviverde com lesão no bíceps femoral da coxa esquerda, o atacante Bruno Sávio desfalcou o time campineiro no duelo com o Leão da Paulista, assim como Andrigo que também não jogou para ser preservado em razão de desgaste muscular na panturrilha. Aal detalhou a situação dos atletas, confirmou a ausência de Sávio nas quartas de final e garantiu foco no jogo decisivo.
“O objetivo era buscar uma vitória. A gente entende que é difícil tirar o foco dos atletas da próxima partida, que é de quartas de final. Mas acredito que tivemos oportunidades de definir a partida, de sair com o placar a nosso favor, mas infelizmente não aconteceu. Agora é pensar única e exclusivamente no Mirassol, que é uma oportunidade para a gente passar de fase, entrar para a história e brigar por algo maior na competição”, planejou.
“Em relação ao Sávio, os exames detectaram uma lesão grau 2, está em fase de recuperação, é uma lesão na parte posterior da coxa, deve ter em torno de duas a três semanas. É a expectativa, mas isso é muito variável, até pela resposta do atleta, pode demorar um pouco mais ou pode antecipar a recuperação. Em relação ao Andrigo, ele sentiu um desconforto na panturrilha, não vínhamos necessidade de arriscar a vinda de um atleta que vem sendo muito importante na nossa maneira de jogar. Por isso a gente optou, juntamente com o Departamento Médico e com o atleta, segurar ele para a próxima partida”, explicou. De acordo com nota divulgada no último sábado (8) pelo departamento médico do Guarani, Bruno Sávio deve retornar às atividades em seis semanas.
Sem o atacante para a partida diante do Mirassol, Aal tem Régis, Matheus Souza e Renanzinho como possíveis substitutos. O treinador comentou sobre as alternativas disponíveis no elenco e não cravou o titular para o duelo decisivo desta semana.
“Essas situações que procuramos analisar um pouco mais. Contra a Ponte Preta, a opção do Andrigo foi o fato de ele se juntar com o Régis e deixar o corredor mais para o Pablo. Em alguns momentos, conseguimos fazer isso, tivemos algumas oportunidades boas por aquele lado. Porém a gente perde a dobradinha do Pablo com o Sávio, pela questão de característica. O Andrigo é um jogador um pouco mais de força, de qualidade de passe e finalização, e não tanto de velocidade como faz o Sávio e também não com a característica do um contra um, que é um diferencial. Já o Matheus nos dá isso, dá velocidade, um contra um, profundidade. Vamos analisar e estudar o Mirassol, para tomar a melhor decisão possível, mas tenho certeza de que qualquer um dos dois que iniciar naquela função vai nos dar uma resposta positiva e nos fazer brigar por uma classificação para a semifinal”, destacou.
Garantido nas quartas de final do Paulistão com quatro vitórias, dois empates e seis derrotas, o Guarani volta a disputar a fase final da competição após nove anos. Aal fez um balanço das atuações da equipe na fase de grupos, elogiou a maneira de jogar e garantiu que é necessário melhorar.
“Em alguns momentos da competição a gente oscilou demais, conseguimos encaixar uma maneira de jogar e de pensar que nos fez classificar, com futebol ofensivo, agressivo, em busca da recuperação de bola. É essa maneira de jogar que encaixou da melhor forma. Em contrapartida, precisamos melhorar em alguns quesitos. Pecamos muito nas finalizações. Criamos oportunidades claras, mas perdemos jogos que poderiam ter nos colocado na liderança da nossa chave, como contra o Corinthians, contra o Palmeiras. Agora contra o Mirassol é mobilização total, entrega total, concentração total para fazer algo que há muito tempo não é feito aqui no clube”, finalizou.