Campinas tem uma das maiores concentrações de talentos e estruturas empresariais do país. É impressionante a quantidade de gente qualificada, com currículos brilhantes, formações de ponta e anos de mercado. Mas talento sem execução é só ego com diploma. Aprendi isso na prática. E do alto de uma operação que já soma mais de 50 clínicas, posso dizer que em poucos minutos de conversa, costumo reconhecer o tipo de gestor que entrega, e o que só ocupa cargo.
Não estou falando de cargo no papel, nem de competências técnicas que enchem planilhas de RH. Estou falando de postura. A diferença entre um gestor eficiente e um líder de verdade está no comportamento diante do problema. O gestor que faz a diferença não terceiriza o que é prioridade. Se precisa ligar para um franqueado, ele liga. Se precisar descer até a recepção para resolver um ruído no atendimento, ele desce. Se o cliente precisa de uma resposta imediata, ele dá. Não joga pro time, não se esconde atrás de um processo, não se apoia em desculpas corporativas.
Não é sobre microgerenciar, mas sobre presença. Sobre saber o que é importante e agir com a urgência necessária. Quem lidera precisa equilibrar dois pilares: resultado e pessoas. Um não anda sem o outro. Quem entrega números, mas abandona o time, se queima em pouco tempo. Quem foca só em cultura e não cobra performance, falha com o negócio. O desafio é fazer as duas coisas bem, e ao mesmo tempo.
Hoje, com o avanço da inteligência artificial, com a velocidade que o mercado exige e as transformações que não param, o ativo mais valioso de qualquer empresa é a capacidade de adaptação. E os melhores gestores que já vi de perto são aqueles que têm isso no sangue. São pessoas que não precisam falar bonito, nem esconder insegurança atrás de apresentações cheias de jargões em inglês. São pessoas que escutam mais do que falam. Que erram, ajustam e seguem. Que não desistem no primeiro desafio.
Muitos nem têm cargos de liderança formais, mas agem como donos do negócio. E, no fim, é isso que constrói as melhores culturas: gente que entende que seu trabalho tem impacto direto na empresa, seja qual for o seu crachá.
Gestores com mentalidade de dono viram líderes. Líderes assim se tornam pontes entre estratégia e execução. E são essas pontes que mantêm empresas sólidas, mesmo em tempos instáveis.
Se você está começando a empreender ou já lidera uma equipe, minha sugestão é: observe menos o título das pessoas e mais a atitude diante do problema. Porque é ali, na hora da pressão, que a diferença entre presença e relevância aparece com nitidez.
Rafael Teixeira, CEO e Fundador do Grupo Clínica da Cidade, pioneira em consultas e exames acessíveis, tem como missão impulsionar um impacto social positivo através da saúde acessível. Hoje, como CEO do orquestra a expansão da rede, lançando um inovador modelo de franquias que os posicionou como líderes no segmento de clínicas acessíveis no Brasil. Com formação em Marketing e Comunicação, também trouxe visão para estratégias de atendimento à saúde, incluindo um visual merchandising moderno e diferenciado.











