Um ato oficial nesta quinta-feira (6) anunciou a expulsão do deputado estadual Rafa Zimbaldi do Cidadania. A justificativa para a medida da executiva estadual do partido foi a suposta filiação do político ao União Brasil de Campinas. Rafa, que nas duas últimas eleições municipais foi candidato a prefeito da cidade, recorreu da decisão.
O documento assinado pelo presidente estadual do Cidadania e deputado federal Alex Manente cita que o estatuto da legenda determina cancelamento automático da filiação em caso de vínculo com outro partido político. A legislação eleitoral e a jurisprudência do TSE, que proíbem uma dupla filiação, também são citadas na justificativa.
A expulsão foi comunicada ao Tribunal Superior Eleitoral, à Assembleia Legislativa e às instâncias partidárias. O ato ainda foi anunciado publicamente na sessão desta quarta-feira (5) da Câmara Municipal pelo vereador Vini Oliveira, representante do Cidadania no Legislativo campineiro.
Defesa
Em recurso protocolado na direção estadual do Cidadania, Rafa Zimbaldi afirma que a decisão “não traz qualquer prova documental hábil que comprove a alegada filiação a outro partido”.
“Foi uma decisão unilateral, totalmente infundada e sem observância ao devido processo legal já que não houve notificação prévia, não foi assegurado contraditório e a ampla defesa e não houve apreciação por órgão competente com deliberação válida”, argumenta Zimbaldi em recurso protocolado na direção estadual do Cidadania.
Disputa política
O contexto atual remete às eleições municipais de 2024, quando Zimbaldi se aproximou do União Brasil com a indicação da executiva estadual de Raquel Rímoli a sua vice. Na ocasião, o político enfrentou desgaste pelo fato da executiva municipal da legenda declarar apoio ao atual prefeito e então candidato à reeleição Dário Saadi (Republicanos), o que provocou um conflito interno.
Para Zimbaldi, a sua expulsão do Cidadania é uma forma da legenda tentar enfraquecer articulações políticas em Campinas. “A decisão, tomada sem qualquer oportunidade de defesa, revela um ato político de perseguição motivado pelo meu posicionamento como político de direita”, declara em nota oficial. A medida também expõe a disputa interna entre os diretórios municipal e estadual da legenda.







