Cortinas fechadas, gritos de comemoração, lágrimas escorrendo pelo rosto, abraços apertados e a saudade já rasgando o peito.
Iniciei minha trajetória na Academia Educar no ano passado, vivenciando oportunidades que jamais imaginei ter. Aos poucos, em silêncio, fui fazendo amizade com quase todo mundo e ganhei o meu apelido favorito: Princesa.
Nosso espetáculo E Que Tragam a Lua”, que ocorreu em 2024, contava a história de uma princesa que queria a lua — e essa lua representava seus sonhos de ser livre. E, bom, vocês já devem imaginar quem interpretou essa personagem no palco.
Ainda me recordo do dia em que descobri que seria monitora da Academia Educar. Confesso que chorei de tanta emoção por poder viver mais um ano em um lugar que me faz sentir em casa.
Quando as oficinas de quarta-feira começaram, minha ansiedade era enorme. Eu queria que meus jovens gostassem de mim e compreendessem tudo o que eu ensinasse. O ano foi repleto de boas memórias, risadas e, claro, algumas broncas pelo caminho… mas eu faria tudo de novo, sem hesitar.
Vejo os jovens como joias preciosas. No início, muitos não percebiam o valor e o potencial que tinham, mas com um pequeno empurrão, começaram a trilhar sua própria história como verdadeiros protagonistas.

Foi um ano cheio de desafios e dificuldades, mas nada disso me fez desistir da monitoria. Sinto uma gratidão imensa por ter vivido essa oportunidade e sei, com o coração em paz, que dei o meu melhor. Jamais esquecerei quando nos reuníamos na salinha do café para fofocar, quando dançávamos e ouvíamos música antes das oficinas começarem, e como cada abraço deixava meu coração mais quentinho.
Isso nunca será uma despedida ou um fim — é apenas o começo de grandes transformações, o início de muitas histórias.
Um recado que deixo é: nunca parem de sonhar. Mesmo quando tudo parecer impossível ou difícil, lembrem-se de que vocês são os protagonistas da própria vida. São vocês que conquistarão seus sonhos, com coragem e muito amor.
Seguirei sentindo orgulho desses jovens incríveis — e de todos que acreditam que os incomodados é que mudam o mundo.

Maria Eduarda da Silva Lima, 15 anos, é de Campinas. Estudante do 9.º ano, é apaixonada por literatura e encontrou na escrita uma forma de transformar sentimentos em poesia. Participa da Academia Educar como monitora e sonha em cursar jornalismo no exterior — embora a pedagogia também esteja no seu radar.











