Uma importante conexão em Campinas, que atende motoristas de toda a região e turistas que visitam o distrito no final de semana, já está parcialmente liberada desde a manhã desta terça-feira. Trata-se da ponte que liga a Rodovia D. Pedro 1 a Joaquim Egídio, na altura do km 122, sobre o Rio Atibaia.
Em outubro de 2019, a Ponte do Padre Abel, construída em pedra e madeira, foi interditada por causa do risco de desabamento. Desde então, moradores dos distritos que circulam pela região têm como única opção de trajeto a entrada principal de Sousas. A nova ponte vai desafogar o tráfego de veículos nos distritos e atenderá moradores de propriedades rurais e de condomínios da região.
A estrutura teve sua liberação parcial ainda com os cones, nos dois sentidos. Operários seguem trabalhando no local, onde é mantido o canteiro de obras. A ponte antiga não foi demolida. É possível avistá-la na travessia. É possível perceber também que o novo equipamento foi feito numa elevação bem maior, seguindo o nível da D. Pedro e considerando o escoamento de água em dias de chuva, além de eventual inundação do Atibaia.
Içamento de vigas
As operações de içamento das vigas de suporte da ponte ocorreram em agosto último e foram acompanhadas pelo Hora Campinas. Foram ao todo cinco vigas de 32m de extensão e 70 toneladas cada uma, que estão apoiadas nas cabeceiras da ponte.
A conclusão da obra está prevista para o final deste ano.
Com a finalização da obra, mais de duas mil pessoas que vivem em Joaquim Egídio, além dos visitantes que frequentam o distrito, serão beneficiadas pelo acesso mais rápido à região. A ponte também será importante para os moradores do distrito de Sousas, que tem mais de 24 mil moradores, e dá acesso a outras cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC).
O custo da obra, integralmente assumido pelo DER, é de cerca de R$ 2 milhões.
O Departamento tem um convênio com a Prefeitura de Campinas, por meio da Secretaria de Infraestrutura e com apoio da Secretaria do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, para a obtenção das licenças ambientais junto à Cetesb, agência ambiental do Estado de São Paulo.
A nova ponte está sendo construída nas proximidades da antiga ponte do Padre Abel, interditada desde junho de 2016 (com bloqueio total em 2019), por recomendação do Ministério Público.
A providência foi baseada em estudos técnicos apresentados pela Agência de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), com apoio da concessionária Rota das Bandeiras.
Na época da interdição da ponte do Padre Abel, executada pela Emdec, o objetivo era evitar acidentes, garantindo a segurança da população. A antiga ponte foi construída há muitos anos sobre o Rio Atibaia com a função de ligar o então povoado de Joaquim Egídio ao caminho para Jundiaí e o porto de Santos, e foi originalmente executada em pedra e madeira.
A estrutura é tombada desde 2013 e faz parte do patrimônio histórico de Campinas.