A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) prepara um esquema especial para garantir o retorno seguro das aulas presenciais, no dia 3 de março.
O escritório de dados da universidade informou nesta terça-feira (15) ter desenvolvido uma ferramenta digital que, com base no cálculo dos alunos matriculados em 2019, vai avaliar as condições de cada sala e estabelecer a quantidade de pessoas que poderão ocupar o espaço.
Caso o número de alunos exceda a capacidade do ambiente, parte dos alunos assistirá a aula em “salas compartilhadas”, ou “salas gêmeas”, por meio de um equipamento específico que está sendo adquirido.
Segundo a coordenadora geral da Unicamp e reitora em exercício, professora Maria Luiza Moretti, foram apresentadas à Unicamp três modelos de ferramentas digitais para esse fim, tendo sido aprovado o equipamento que melhor se adaptou às unidades.
“Estamos comprando 220 kits de uma ferramenta que dará autonomia ao docente e possibilitará ao aluno o melhor acesso ao conteúdo da aula, mesmo em sala gêmea”, explicou.
Além dos equipamentos, haverá compra de móveis, ampliação de janelas para melhor ventilação e contratação de empresa especializada na limpeza de todos os aparelhos de ar-condicionado da Universidade.
Os restaurantes também passaram por vistoria e suas áreas serão redimensionadas.
O trabalho de readaptação das salas de aula está sendo feito por um grupo de trabalho – que foi chamado de Mão na Massa. Esse grupo tem visitado todas as unidades para avaliar as salas de aula, indicar as melhorias necessárias e orientar os servidores.
Até o momento, 50% delas já foram vistoriadas. Essa etapa deverá se encerrar na última semana de janeiro, segundo avaliação da reitoria.
Comprovação da vacina
Para frequentar as aulas, os alunos deverão comprovar a finalização do ciclo vacinal, com duas doses ou uma em acordo com a vacina disponível. De acordo com vice-reitora, a medida tem apresentado boa aceitação e os casos pontuais de não vacinados têm sido resolvidos.
A reitora em exercício informou que os casos da variante Ômicron, cepa com maior ocorrência entre os novos infectados, estão sendo monitorados.
O Centro de Saúde da Comunidade (Cecom) constituiu um grupo de rastreamento da nova cepa e tem estimulado a testagem para identificar infectados, sintomáticos ou não, a fim de orientá-los quanto ao isolamento.
Os exames RT-PCR em funcionários e alunos são realizados pelo Laboratório de Diagnóstico Molecular de Alto Desempenho (LBMAD) e os resultados são divulgados em poucas horas.
“Estamos trabalhando para que no dia 3 de março nossa Universidade volte plenamente, e com segurança. Pedimos a todos que respeitem as regras de segurança sanitária. Será um momento de grande emoção ver a Unicamp voltar à sua normalidade”, frisou Luiza.
Ela explicou que o monitoramento dos casos será feito pela Universidade e que os alunos devem ficar atentos às informações do Portal da Unicamp para eventuais alterações nas orientações.