O bônus de R$ 800,00 e o aumento de 20% no valor do Vale-Alimentação e Vale-Nutricional oferecidos esta semana pela Prefeitura de Campinas aos servidores públicos municipais da ativa e aposentados, vai custar R$ 30 milhões ao contribuinte. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (18), pelo secretário de Finanças, Aurílio Caiado.
Segundo ele, o valor do bôus e do benefício já estavam previstos no orçamento de 2022.
“E isso representa menos de 1/4 da folha de pagamento deste mês, que foi de aproximadamente R$ 133 milhões”, disse ele.
O prefeito Dário Saadi (Republicanos) disse que não ver incoerência entre a decisão de oferecer um bônus ao funcionalismo e o decreto de corte de gastos que anunciou no início da semana.
“Não é contraditório, não. Os funcionários estão sem reajuste há dois anos e essa medida já estava prevista no orçamento”, garantiu o prefeito.
A decisão de oferecer o bônus foi tomada em reunião na última segunda-feira (14) entre o vice-prefeito e o secretário de Relações Institucionais Wanderley de Almeida e o Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Municipal de Campinas (STMC).
O pagamento será realizado em duas parcelas: a primeira de R$ 400,00 em 30 de março e a segunda, mais R$ 400,00, em 30 de abril. Segundo a Prefeitura, o objetivo do parcelamento é reduzir a incidência de imposto dos servidores que recebem menor salário.
Os 20% de reajuste no vale-alimentação já serão pagos em março. No entanto, o vale desse mês terá o mesmo valor do mês passado. A complementação somente será feita pós o reajuste passar por votação na Câmara Municipal.
O vale-alimentação passará para R$ 1.249,81. Hoje é de R$ 1.041,51. Já o vale-nutricional passará de R$ 174,45 para R$ 209,34.
Os cortes
Na segunda-feira (14), o prefeito anunciou um pacote de cortes de gastos, que incluiu a suspensão de início de obras que seriam executadas com recursos do tesouro municipal; a suspensão de eventuais aditamentos em contratos e a proibição da emissão de ordem de serviço para início de uma obra, sem que se tenha a disponibilidade de recurso já definida.
A Administração determinou ainda, a suspensão das aquisições de materiais permanentes com recursos do município ou que demandem contrapartida.
Além disso, ampliou o rigor nas regras de aluguel de imóveis pelo poder público; restringiu as horas extras ao “absolutamente necessário” e proibiu a contratação de pessoal, mesmo para reposição de servidor que eventualmente tenham deixado a Administração.