Passados 58 anos desde a inauguração, o Viaduto Cury, em Campinas, teve concluídas as obras de segurança e pavimentação, que adequaram o equipamento inaugurado em 1963 ao fluxo de 18 mil veículos que recebe atualmente. Foram recapeados 800m de via, que consumiram cerca de 800 toneladas de massa asfáltica, houve troca das barreiras metálicas de proteção, pintura e nova sinalização de solo.
Inadequado às condições atuais de trânsito, o viaduto, desde 2013, registrou ao menos três acidentes que levaram à queda de veículos. Em um deles, um ônibus biarticulado do transporte público não conseguiu fazer a curva e despencou de uma altura de quatro metros. Um passageiro morreu. A Emdec, inclusive, colocou radares para limitar a 40km/h a velocidade no trecho mais crítico do equipamento.
Importante ligação entre a entrada da cidade, pela Avenida Prestes Maia, e a região central, o viaduto possuía gradil baixo e inadequado à contenção. Os antigos guarda-corpos laterais de metal foram substituídos por dispositivos de concreto em um trecho de cerca de 400 metros, considerado o mais problemático.
O secretário de Serviços Públicos, Ernesto Dimas Paulella, destaca que o recapeamento do Viaduto Cury integra a troca do pavimento que está ocorrendo em diversas vias na cidade, nas avenidas de grande circulação de veículos e itinerários de ônibus. “São as vias que, naturalmente, sofrem maior desgaste do piso”, afirma Paulella.
Conforme o diretor administrativo financeiro da Secretaria de Serviços Públicos, Eduardo Jarava, a instalação das defensas de concreto garante mais segurança em caso de acidente. “Por se tratar de um material mais resistente, minimiza o risco de queda, afirma Jarava.
Prestes Maia
A avenida Prestes Maia, principal acesso para quem vem da Rodovia Santos Dumont, também passa por recapeamento. Já foi concluído um trecho de dois quilômetros no sentido centro-bairro e agora está sendo feito o último trecho, no sentido bairro-centro, entre a Rodovia Santos Dumont e o viaduto sobre Córrego Piçarrão.
A previsão é que a ação seja concluída em 15 dias. Durante os trabalhos, agentes da Emdec/Setransp realizam bloqueios parciais e monitoram o trânsito.
Para minimizar o impacto no tráfego no local, o trabalho foi dividido em 4 etapas. No total serão utilizadas quatro mil toneladas de massa asfáltica para o novo revestimento nos quatro quilômetros da avenida.
Além do novo pavimento, a via receberá também duas estações de embarque e desembarque de pessoas fora da faixa de rolamento. Os equipamentos serão construídos em concreto e vão contribuir para uma melhor fluidez no trânsito. Circulam pela Avenida Prestes Maia cerca de 59 mil veículos por dia.