A primeira edição do Seminário Internacional do Lúpulo chega ao Interior de São Paulo num momento bastante oportuno, em que o setor registra crescimento de mais de 160% na produção nacional dessa cultura. O lúpulo brasileiro garante aroma e frescor diferenciados, podendo trazer ainda mais qualidade para a produção nacional de cervejas.
No entanto, esse crescimento esbarra em alguns entraves que, se discutidos, podem fazer o cultivo do lúpulo registrar um salto ainda maior no Brasil. E é justamente essa a missão do 1º Seminário Internacional do Lúpulo, que acontecerá em Paulínia nos dias 19 e 20 de maio. O evento contará com palestras dos principais especialistas do setor, proporcionando o compartilhamento de experiências e oportunidades entre participantes de diversas localidades.
O desempenho da produção do lúpulo nacional, nos últimos dois anos, reforça a oportunidade de crescimento desse mercado.
Dados da Associação brasileira de Produtores de Lúpulo, a Aprolúpulo, mostram que a produção chegou a 24 toneladas em 2021, contra 9 toneladas em 2020. “Se o lúpulo brasileiro já é uma realidade, precisamos garantir que ele venha para ficar. Por isso, a troca de experiências entre os representantes do setor é fundamental”, explica Herman Wigman, diretor da Van de Bergen, organizadora do evento, e vice-presidente da Aprolúpulo.
O 1º Seminário Internacional do Lúpulo trará grandes nomes do setor como os dos engenheiros agrônomos Hernan Testa, especialista em cultivo, processamento e utilização do lúpulo, além de sócio da Lúpulos Andinos; Gabriel Fortuna, especializado em manejo de lúpulo e consultor em seis estados brasileiros; Renan Furlan, especializado em melhoramento genético e consultor em cinco estados brasileiros; Felipe Francisco, pioneiro como pesquisador e consultor de lúpulo no Brasil e o homenageado Rodrigo Velardi, precursor do lúpulo nacional e referência no setor.
Diego Gomes, do Grupo Petrópolis, e José Felipe Cordeiro, co-fundador da Cerveja Wals, também compõem o time de palestrantes.
Além de painéis e mesas redondas, o 1º Seminário Internacional do Lúpulo oferecerá aos participantes uma visita ao novo viveiro da Van de Bergen, com capacidade para produzir até 300 mil mudas de lúpulo por ano, com as mais modernas tecnologias de estufa. “Compartilhar essa experiência com os participantes é reforçar ainda mais a importância do cultivo do lúpulo para o Brasil. O novo viveiro da Van de Bergen é mais uma certeza de que o lúpulo tem um futuro próspero por aqui”, reforça Felipe Wigman, sócio da Van de Bergen.
O 1º Seminário Internacional do Lúpulo é organizado pela Van de Bergen, com patrocínio do Grupo Petrópolis, Brava Terra e Agrofarmpol, e recebe apoio da Aprolúpulo e especialistas do setor. As atividades ocorrerão no Vitória Hotel Convention Paulínia, a partir das 15h do dia 19/05. No dia 20/05, as palestras começam às 8 horas e terminam às 16 horas.
O que é o lúpulo
Trata-se de uma planta trepadeira que se desenvolve favoravelmente em climas frios, sendo cultivada principalmente na Europa e na América do Norte. Essa matéria-prima tem o nome científico de Humulus lupulus. A planta possui os sexos feminino e masculino, porém, a parte de interesse para fins cervejeiros são as flores da planta fêmea. Nela, são formadas glândulas de lupulina que contêm resinas e óleos, substâncias utilizadas no preparo da bebida. Esse ingrediente é principalmente adicionado durante a fervura do mosto na preparação da cerveja.
O lúpulo é responsável pelas substâncias que conferem amargor e aroma à cerveja.
Os componentes amargos de interesse para a bebida são os alfa-ácidos. Durante a fervura, estes compostos passam por um processo chamado isomerização, tornando-os solúveis no mosto e assim, conferindo o amargor. Portanto, quanto mais alfa-ácidos o lúpulo tiver, mais amarga a cerveja ficará.
Serviço:
Paulínia recebe o1º Seminário Internacional do Lúpulo
Data: 19 e 20/05/22
Local: Paulínia/SP – Vitoria Hotel Convention Center
Mais informações e inscrições no site www.seminariodolupulo.com.br