O duelo entre Ponte Preta e Novorizontino, disputado na última sexta-feira (13), no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, resultou na primeira derrota da Macaca dentro de casa na Série B e também ficou marcado pelas estreias de três jogadores contratados recentemente pelo clube alvinegro para a disputa da competição nacional.
Escalados como titular pelo técnico Hélio dos Anjos, os atacantes Douglas Santos, de 23 anos, e Reginaldo Ramires, de 21 anos, não conseguiram repor à altura as ausências do artilheiro Lucca e de Echaporã, e acabaram substituídos no segundo tempo.
Para o jovem Ramires, que atuou pela primeira vez com a camisa da Ponte Preta, jogar no Majestoso não era nenhuma novidade, já que no ano passado ele disputou a Série A2 do Campeonato Paulista pelo Red Bull Brasil, que mandou uma de suas partidas no estádio pontepretano.
Além de Douglas Santos e Ramires, o atacante Leandrinho também estreou pela Macaca e, mais do que isso, realizou a sua primeira partida como profissional no futebol brasileiro. Detalhe: ele é o atleta mais experiente do atual elenco alvinegro, com 35 anos, mas passou os últimos 15 jogando fora do país, em equipes da América Central, Europa e Oriente Médio.
Leandrinho entrou aos 25 minutos do segundo tempo da partida contra o Novorizontino, mas poucos sabiam que sua entrada em campo guardava uma história pra lá de curiosa – e emocionante.
“Minha mãe chorou bastante quando entrei em campo. Para os meus familiares, não tem preço terem me visto entrar em campo após 15 anos fora do Brasil. Infelizmente não foi a estreia que eu queria e perdemos o jogo, mas com certeza vamos recuperar esses pontos perdidos o quanto antes”, disse Leandrinho.
Nascido em Cotia, em São Paulo, Leandrinho se formou na base de clubes paulistas, mas começou a carreira profissional no Herediano, da Costa Rica, em 2005. “Eu não esperava jogar naquele país, mas um treinador me viu jogando aqui no Brasil e me deu essa oportunidade. Fiz 20 gols na temporada e fui vendido para Bélgica, depois Arábia Saudita, México e, finalmente, fiquei cinco anos na Turquia, onde fiz boas temporadas. Mas é muito diferente sentir a torcida no Brasil, ainda mais uma torcida apaixonada como a da Ponte”, aponta Leandrinho, que também jogou em países como Guatemala, Portugal e Irã. Ele é fluente em cinco idiomas: português, inglês, francês, espanhol e turco.
“Depois de uma trajetória como a minha no futebol, marcando gols, fazendo assistências e tendo boas temporadas por diversos times, eu me senti um júnior quando vi que tinha sido convocado para o jogo contra o Novorizontino. Nunca tinha entrado antes em um estádio como jogador profissional no Brasil e sentir essa emoção, adrenalina e o apoio da torcida da Ponte foi muito gratificante, maravilhoso. Isso me dá mais motivação para fazer muito melhor aqui”, afirma Leandrinho.
“É um prazer estar num clube com a grandeza da Ponte Preta. Eu me sinto feliz e honrado com isso, já sinto o clube em meu coração. Estou muito agradecido pela oportunidade de estar aqui e vou entregar o máximo de mim”, ressaltou Leandrinho.