A hegemonia verde e amarela na Copa América Feminina está em jogo. Neste sábado (30), o Brasil decide o título da competição sul-americana diante da Colômbia, anfitriã do torneio, a partir das 21h (horário de Brasília), no estádio Alfonso López, em Bucaramanga. A expectativa é de casa cheia. Os 22 mil ingressos colocados à venda estão esgotados.
As brasileiras são as maiores vencedoras da Copa América, com sete títulos em oito edições, deixando a taça escapar somente em 2006. As colombianas foram vice-campeãs em 2010 e 2014, em disputas onde não houve decisão e sim um quadrangular final, onde o ganhador foi conhecido em pontos corridos.
As equipes chegam à final com campanhas parecidas. Ambas ganharam os cinco jogos disputados, com leve superioridade brasileira nas estatísticas.
As comandadas de Pia Sundhage marcaram 19 gols e não sofreram nenhum, enquanto as colombianas balançaram as redes 14 vezes e foram vazadas outras três. A classificação à decisão garantiu as duas seleções na Copa do Mundo do ano que vem, na Austrália e Nova Zelândia, e na Olimpíada de Paris (França).
Pia não tem desfalques para o confronto. A volante Duda Santos, ausente do banco de reservas na vitória por 2 a 0 sobre o Paraguai, na semifinal, devido a um problema intestinal, está novamente à disposição, assim como a atacante Gio Queiroz, recentemente convocada para o Mundial sub-20 deste ano, recuperado de uma pancada na panturrilha.
Se mantiver a base que tem atuado na competição, a técnica sueca escalará o Brasil com: Lorena; Antônia, Tainara, Rafaelle e Tamires; Angelina, Ary Borges, Adriana e Kerolin; Debinha e Bia Zaneratto.
Em busca de um título inédito, a Colômbia também terá força máxima. A equipe dirigida por Nelson Abadía possui oito atletas que jogam no futebol espanhol, entre elas a goleira Catalina Pérez (Real Betis), a lateral Manuela Vanegas (Real Sociedad) e a meia Leicy Santos (Atlético de Madri). Duas defendem clubes brasileiros: a zagueira Mónica Ramos (Grêmio) e a meia Liana Salazar (Corinthians).
As duas protagonistas, porém, atuam na liga local: as atacantes Catalina Usme (América de Cali) e Linda Caicedo (Deportivo Cali). Esta última, de 17 anos, é considerada a revelação da Copa América e está na mira do Barcelona (Espanha).
A provável escalação colombiana neste sábado terá: Catalina Pérez; Jorelyn Carabalí; Daniela Arias, Mónica Ramos e Manuela Vanegas; Lorena Bedoya, Daniela Montoya e Leicy Santos; Linda Caicedo, Catalina Usme e Mayra Ramírez.
Disputa do terceiro lugar
A Argentina está na Copa do Mundo Feminina de futebol do ano que vem, na Austrália e Nova Zelândia. Nesta sexta-feira (29), na disputa pelo terceiro lugar da Copa América, realizada na Colômbia, a Albiceleste derrotou o Paraguai por 3 a 1, no Estádio Centenário, em Armenia.
É a quarta vez que as argentinas se classificam para o Mundial. As hermanas estiveram nas edições de 2003, 2007 e 2019 e ainda buscam o primeiro triunfo na competição. Na edição passada, na França, somaram os dois primeiros pontos, mas foram eliminadas na primeira fase. Às paraguaias, resta a repescagem internacional, onde também está o Chile, que ficou em quinto na Copa América.
A seleção argentina conta com três jogadoras que atuam no Brasil: a zagueira Agustina Barroso (Palmeiras), a lateral Eliana Stabile (Santos) e a atacante Sole Jaimes (Flamengo).
A maior parte (11) das atletas joga no país, com destaque ao Boca Juniors, de onde vêm quatro delas, como Yamila Rodríguez, que ganhou três prêmios de melhor em campo na Copa América – inclusive nesta sexta, diante do Paraguai. Mais sete estão no futebol europeu, caso das também atacantes Mariana Larroquette (Sporting, de Portugal) e Florencia Bonsegundo (Madrid CFF, da Espanha).
Apesar da Argentina ter mais presença no campo ofensivo, a primeira oportunidade real foi paraguaia, em um chute da atacante Jéssica Martínez, da entrada da área, que a goleira Vanina Correa salvou com a ponta dos dedos, desviando para o travessão. Na cobrança do escanteio, Correa saiu mal do gol e a meia Romina Nuñez, sem querer, desviou para as próprias redes, aos 40 minutos da etapa inicial, colocando a Albiroja à frente.
No segundo tempo, as argentinas se lançaram mais à frente, mas com dificuldades de concluir as jogadas. O Paraguai recuou as linhas para sair no contra-ataque. Aos 13 minutos, outra vez Martínez acertou o travessão, dessa vez arriscando de fora da área. Aos 34, a pressão deu resultado. Rodriguez foi lançada, aproveitou um desvio de cabeça de Jaimes, disparou às costas da marcação e tocou na saída da goleira Alicia Bobadilla, empatando a partida.
Mais inteira fisicamente, a Argentina seguiu em cima do Paraguai e chegou ao gol da virada e da classificação. Aos 44 minutos, Bonsegundo cobrou falta com categoria, da entrada da área, no canto de Bobadilla. Abatidas, as paraguaias saíram jogando errado e a Albiceleste liquidou de vez o confronto, com Rodríguez tirando da goleira e mandando para as redes.
(Agência Brasil)