PUBLICIDADE
14 de maio de 2025
O SEU PORTAL DE NOTÍCIAS, ANÁLISE E SERVIÇOS
  • WHATSAPP
ANUNCIE
Sem Resultados
Ver todos os resultados
Informação e análise com credibilidade
  • ÚLTIMAS
  • CIDADE E REGIÃO
  • COLUNISTAS
  • ARTE E LAZER
  • OPINIÃO
  • ESPORTES
  • EDUCAÇÃO E CIDADANIA
  • SAÚDE E BEM-ESTAR
  • BRASIL E MUNDO
  • ECONOMIA E NEGÓCIOS
  • TURISMO
  • VEÍCULOS
  • PET
  • FALECIMENTOS
  • NOSSO TIME
  • ÚLTIMAS
  • CIDADE E REGIÃO
  • COLUNISTAS
  • ARTE E LAZER
  • OPINIÃO
  • ESPORTES
  • EDUCAÇÃO E CIDADANIA
  • SAÚDE E BEM-ESTAR
  • BRASIL E MUNDO
  • ECONOMIA E NEGÓCIOS
  • TURISMO
  • VEÍCULOS
  • PET
  • FALECIMENTOS
  • NOSSO TIME
Sem Resultados
Ver todos os resultados
Informação e análise com credibilidade
Sem Resultados
Ver todos os resultados
Home Colunistas

A pesquisa clínica na ciência e na medicina moderna

Carmino de Souza Por Carmino de Souza
23 de agosto de 2021
em Colunistas
Tempo de leitura: 4 mins
A A
A pesquisa clínica na ciência e na medicina moderna

Impressionante como se falou em pesquisa clínica durante a pandemia do SarsCov2. Durante todo este tempo, os meios de comunicação ocuparam extensos períodos fazendo entrevistas e discussões sobre pesquisas clínicas relacionadas às inúmeras vacinas que chegaram ou foram desenvolvidas no Brasil. A pesquisa clínica organizada, harmonizada cientificamente e com controle ético, é uma conquista recente, eu diria que se desenvolveu após a década de 70. Antes disto e em praticamente toda a história da medicina, os avanços da ciência em saúde eram baseados em relatos empíricos ou descritivos e eram, em geral, análises retrospectivas ou de séries de casos. Estes métodos continuam tendo a sua importância e jamais deixarão de contribuir ao desenvolvimento da ciência na área da saúde. Estudos epidemiológicos fundamentais são, em geral, estudos de caso-controle que são retrospectivos.

Importantes áreas da saúde não têm ou terão pesquisas clínicas prospectivas e comparada como as que reportarei ou porque fazem parte de grupos de doenças raras onde não é possível alcançar tamanhos amostrais significantes ou não é possível “aleatorizar” o que se pretende estudar por diversas razões. Posso citar aqui os estudos em transplante de medula óssea que, inclusive, foram vencedores de Prêmio Nobel de Medicina em 1990. Mas, a sistematização da pesquisa clínica possibilitou que trabalhos prospectivos e controlados, isto é, olhando para frente com controle da qualidade dos dados e tamanho amostral adequado, fossem organizados trazendo segurança no desenvolvimento de novos fármacos, imunobiológicos, combinações terapêuticas, novos procedimentos, profiláticos etc.

Estudos controlados com metodologias semelhantes permitem ainda que agrupemos estudos e potencializemos os seus resultados. Estes agrupamentos são denominados “meta análises” e são os de mais elevados níveis de evidências.

A pesquisa clínica busca obter de maneira controlada a eficácia e a segurança nas novas abordagens médicas em seres humanos.

Ela é precedida das chamadas pesquisas pré-clínicas que incluem desde a síntese, o desenvolvimento ou o isolamento de um princípio ativo, por exemplo, seguida pelos estudos laboratoriais in vitro e, posteriormente, em modelos animais de pequeno e/ou de grande porte. Quando a pesquisa clínica se inicia, há necessidade de um dossiê de informações científicas que balizam a elaboração dos projetos sequenciais de pesquisa de fases 1, 2 e 3. Os estudos de fase 4 são aqueles que ocorrem no período pós marketing e não serão alvo deste artigo.

Os estudos de fase 1 têm como objetivos primários determinar a máxima tolerância (segurança). São estudos feitos com aumento escalonado de doses e monitoramento padronizado dos efeitos adversos até atingir níveis aceitáveis de toxicidade e com algum ganho clínico. Tem como finalidade obter doses seguras para futuros testes de eficácia terapêutica. São realizados com subgrupos homogêneos e selecionados e/ou de alto risco.

Podem, ainda, ser realizados em voluntários sadios ou em grupos especiais de pacientes que se disponham a participar voluntariamente em situações especiais de sua evolução clínica e que tenham condições orgânicas adequadas para se submeterem ao experimento. São grupos, em geral, pequenos de pacientes ou voluntários, e que são submetidos usualmente ao incremento gradual de doses em grupos sucessivos. São menos complexos do ponto de vista estatístico. Entretanto, são estudos onde existem frequentes dilemas éticos para inserir pacientes pois os benefícios podem não ser conhecidos e as informações podem ser limitadas. A falta de resultados limitará os estudos de fase 2.

Os estudos de fase 2, são estudos que têm como objetivo a definição da eficácia. Utiliza, em geral, o binômio “resposta-não resposta” onde a obtenção de respostas objetivas, se possíveis completas, são fundamentais. Estes estudos têm sido muito utilizados nas últimas décadas e são muito úteis como “estudos piloto”. No campo da oncologia, são estudos amplamente utilizados nos centros de pesquisa de todo o mundo.

Os estudos de fase 3 são, certamente, os mais convincentes, mas também os mais caros e que exigem grande organização.

São estudos aleatorizados (randomizados) e fundamentais para a avaliação de novas terapias. O paciente ou participante é inserido através de uma “randomização” (sorteio) para se determinar qual terapia é superior. São estatisticamente balanceados no número de pacientes e no tempo de observação, em cada braço do estudo. Toda a lógica estatística deve ser precisamente apresentada e todos os “erros estimados standards”, intervalos de confiança e significância estatística devem ser adequadas e detalhadamente apresentadas. Estes estudos requerem protocolos detalhados, um guia de organização e plano de análise de resultados (intermediárias e final).

Fundamental é se assegurar que ninguém tenha conhecimento da alocação dos pacientes/participantes. O sorteio é feito através de números gerados antecipadamente ou quando os pacientes são inseridos, por computador. Um ponto crítico e que mostra a dificuldade do desenvolvimento das vacinas para o SarsCov2 é que a inserção e extensão do tempo de análise devem ser suficientemente longos para ter adequados números e tempo de observação.

Enquanto os estudos de fase 1 e 2 têm foco em toxicidade e resposta, os estudos de fase 3, em geral, concentram os eventos de longo prazo, tais como, sobrevida, recidiva, progressão dentre outros desfechos definidos nos projetos de estudo.

Portanto, os estudos de fase 3, são estudos dependentes do tempo e isto não há como ser superado. Dentro de um cenário de grave crise sanitária como estamos vivenciando, não há como aguardar a definição de todos os endpoints dos estudos de fase 3. Certamente, as informações dos estudos de fase 1 e 2 seriam suficientes para que as agências regulatórias liberassem as vacinas sem que estudos de fase 3 fossem finalizados. Isto já poderia ter ocorrido em outubro de 2020. Infelizmente, isto não ocorreu e perdemos precioso tempo.

As pesquisas clínicas, portanto, são avanços contemporâneos e ainda teremos muito a aprender no futuro.

Elas mudaram nosso modo de ver a ciência com seres humanos dando mais segurança e confiança à população. Para o País, é fundamental apoiar as pesquisas clínicas criando centros equipados e com profissionais treinados para este fim.

Carmino Antonio de Souza é professor titular da Unicamp. Foi secretário de saúde do estado de São Paulo na década de 1990 (1993-1994) e da cidade de Campinas entre 2013 e 2020

Tags: avanço científicoCarmino de SouzaciênciaCoronavirusCovid-19crise sanitáriaHora Campinasmedicina modernaPandemiapesquisa clínicaSarsCov2Vacinavacinação
CompartilheCompartilheEnviar
Carmino de Souza

Carmino de Souza

Letra de Médico

Notícias Relacionadas

Conferência Nacional do Meio Ambiente reiterou desafios – por José Pedro Martins
Colunistas

Conferência Nacional do Meio Ambiente reiterou desafios – por José Pedro Martins

Por José Pedro Martins
14 de maio de 2025

...

Você tem tido motivos para sorrir? – por Thiago Pontes
Colunistas

Você tem tido motivos para sorrir? – por Thiago Pontes

Por Thiago Pontes
13 de maio de 2025

...

Inadimplemento sistemático e o despejo – por Renato Ferraz Sampaio Savy

Inadimplemento sistemático e o despejo – por Renato Ferraz Sampaio Savy

13 de maio de 2025
Hepatites virais, ainda uma emergência mundial – por Carmino de Souza

Hepatites virais, ainda uma emergência mundial – por Carmino de Souza

12 de maio de 2025
Quando as Mães viram filhas – por Daniela Nucci

Quando as Mães viram filhas – por Daniela Nucci

11 de maio de 2025
A ditadura dos aplicativos – por Luis Felipe Valle

A ditadura dos aplicativos – por Luis Felipe Valle

10 de maio de 2025
Carregar Mais












  • Avatar photo
    Carmino de Souza
    Letra de Médico
  • Avatar photo
    Cecília Lima
    Comunicar para liderar
  • Avatar photo
    Daniela Nucci
    Moda, Beleza e Bem-Estar
  • Avatar photo
    Gustavo Gumiero
    Ah, sociedade!
  • Avatar photo
    Ivo Neves
    Pequena empresa que pensa grande
  • Avatar photo
    José Pedro Martins
    Hora da Sustentabilidade
  • Avatar photo
    Karine Camuci
    Você Empregado
  • Avatar photo
    Kátia Camargo
    Caçadora de Boas Histórias
  • Avatar photo
    Luis Norberto Pascoal
    Os incomodados que mudem o mundo
  • Avatar photo
    Luis Felipe Valle
    Versões e subversões
  • Avatar photo
    Márcia Romão
    Saúde Emocional
  • Avatar photo
    Renato Savy
    Direito Imobiliário e Condominial
  • Avatar photo
    Retrato das Juventudes
    Sonhos e desafios de uma geração
  • Avatar photo
    Thiago Pontes
    Ponto de Vista

Mais lidas

  • Sócios do Guarani decidem pela aprovação ou não do novo estatuto nesta quarta

    Sócios do Guarani decidem pela aprovação ou não do novo estatuto nesta quarta

    0 Compartilhamentos
    Compartilhe 0 Tweet 0
  • Polícia apreende drogas e cigarros eletrônicos em tabacaria de Vinhedo

    0 Compartilhamentos
    Compartilhe 0 Tweet 0
  • Criança é atropelada por motorista embriagado em Campinas e fica em estado grave

    0 Compartilhamentos
    Compartilhe 0 Tweet 0
  • Artigo:  Analfabetismo funcional tem rosto, nome e exige respeito – por Vanessa Crecci 

    0 Compartilhamentos
    Compartilhe 0 Tweet 0
  • Operação conjunta prende 7 integrantes de facção criminosa em Campinas e Limeira

    0 Compartilhamentos
    Compartilhe 0 Tweet 0
Hora Campinas

Somos uma startup de jornalismo digital pautada pela credibilidade e independência. Uma iniciativa inovadora para oferecer conteúdo plural, analítico e de qualidade.

Anuncie e apoie o Hora Campinas

VEJA COMO

Editor-chefe

Marcelo Pereira
marcelo@horacampinas.com.br

Editores de Conteúdo

Laine Turati
laine@horacampinas.com.br

Maria José Basso
jobasso@horacampinas.com.br

Silvio Marcos Begatti
silvio@horacampinas.com.br

Reportagem multimídia

Gustavo Abdel
abdel@horacampinas.com.br

Leandro Ferreira
fotografia@horacampinas.com.br

Marketing e Comunicação

Pedro Basso
pedrobasso@horacampinas.com.br

Para falar conosco

WhatsApp

(19) 9 9880-3040

Canal Direto

atendimento@horacampinas.com.br

Redação

redacao@horacampinas.com.br

Departamento Comercial

atendimento@horacampinas.com.br

Noticiário nacional e internacional fornecido por Agência SP, Agência Brasil, Agência Senado, Agência Câmara, Agência Einstein, Travel for Life BR, Fotos Públicas, Agência Lusa News e Agência ONU News.

  • WHATSAPP

Hora Campinas © 2021 - Todos os Direitos Reservados - Desenvolvido por Farnesi Digital - Marketing Digital Campinas.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In

Add New Playlist

Sem Resultados
Ver todos os resultados
  • ÚLTIMAS
  • CIDADE E REGIÃO
  • COLUNISTAS
  • ARTE E LAZER
  • OPINIÃO
  • ESPORTES
  • EDUCAÇÃO E CIDADANIA
  • SAÚDE E BEM-ESTAR
  • BRASIL E MUNDO
  • ECONOMIA E NEGÓCIOS
  • TURISMO
  • VEÍCULOS
  • PET
  • FALECIMENTOS
  • NOSSO TIME

Hora Campinas © 2021 - Todos os Direitos Reservados - Desenvolvido por Farnesi Digital - Marketing Digital Campinas.