A Secretaria Municipal da Saúde informou que 533 pessoas foram enviadas para o final da fila da vacina em Campinas. Essas pessoas ficaram conhecidas como sommeliers de vacina, por se recusarem a receber o imunizante de determinados fabricantes. Elas queriam receber uma vacina específica. De acordo com a Prefeitura, esse número foi contabilizado de 9 de julho até a última terça-feira (5).
O problema era tão generalizado que em 7 de julho, a Prefeitura publicou o decreto nº 21.559, que bloqueava novos agendamentos de vacina contra Covid-19 para moradores do município que faltavam sem justificativa, desistiam ou recusavam tomar o imunizante em razão do fabricante.
Nos 13 primeiros dias de vigência do decreto, 59 pessoas já tinham sido penalizadas pela recusa do imunizante. Essas pessoas eram enviadas para o final da fila e só poderiam se vacinar depois que a cobertura vacinal estivesse alta e atingido o público a partir dos 18 anos.
Também sofria penalização quem agendava a vacina e não comparecia, ignorando o recurso de cancelamento do agendamento. A pessoa ficava suspensa por 30 dias e não conseguia fazer novo agendamento. Se não concordasse com a punição, o munícipe poderia entrar com um pedido de revisão no Protocolo Geral da Prefeitura.
Nesta quarta-feira, 6 de outubro, a Prefeitura revogou o decreto, por conta da alta cobertura vacinal no Município. De acordo com o boletim mais recente, de segunda-feira (4), a cidade conta com 91,7% da população acima de 18 anos com a primeira dose. Entre a população adulta, 75,6% já está completamente imunizada.