As unidades municipais de ensino de Campinas funcionam com atividades normais nesta terça-feira (15), após enfrentarem o cancelamento de aulas desde quarta-feira da semana passada por conta da paralisação de servidores terceirizados, que reclamavam da falta de pagamento de salários e benefícios por parte da empresa Especialy. Ontem, a Prefeitura deu um ultimato à empresa e apontou a possibilidade de rompimento do contrato.
Segundo funcionários ouvidos em anonimato, poucos deles ainda estão com salário pendente. Eles informaram que a empresa pagou o vale-transporte suficiente até a próxima sexta-feira (18), quando a empresa se comprometeu a pagar o restante. Se isso não for cumprido, eles prometem nova paralisação na segunda-feira.
Apesar de o problema estar aparentemente resolvido, a Administração Municipal informou que ainda estuda romper o contrato com a Especialy.
Ontem, de acordo com balanço da Prefeitura, das 208 escolas e creches municipais, a paralisação alcançou 61 unidades, sendo que 37 delas pararam totalmente e 24 parcialmente. Isto representa em torno de 30% do total de unidades municipais.
Uma comissão de representantes dos trabalhadores e o sindicato foi recebida pela Secretaria de Educação.
A Prefeitura reitera que os repasses estão em dia para a empresa – que teve os recursos bloqueados devido a uma ação judicial. O contrato com a Especialy foi firmado em outubro de 2021 e a empresa possui cerca de 700 funcionários. O repasse mensal da Prefeitura é de R$ 2,5 milhões.
A empresa não se manifestou.