Sondagem Industrial de abril, realizada pela Regional Campinas do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), indicou que as empresas da região estão divididas na avaliação sobre o novo arcabouço fiscal, conjunto de medidas e regras para a condução da política fiscal do Governo, enviado recentemente ao Congresso.
Para 36% das respondentes da pesquisa, ‘o arcabouço fiscal trará confiança e previsibilidade ao mercado’. Também para 36%, ‘o arcabouço fiscal não é necessário e sim a reforma administrativa’. A medida ‘provocará aumento de tributos e/ou cortes de incentivos fiscais’ para 19%dos pesquisados. Apenas 9% das empresas ‘não tem avaliação’.
“Em relação ao arcabouço fiscal, a preocupação é que poderá gerar nova tributação. A pesquisa também mostra que há necessidade de uma reforma administrativa. Não aumentando a carga tributária, mas melhorando a capacidade e a competência do Estado, teremos assim maior arrecadação e um resultado melhor. A pesquisa ainda indica o receio, de que possam ter nesse arcabouço, novos impostos e taxas, que venham a aumentar o Custo Brasil”, analisa o diretor do Ciesp-Campinas, José Henrique Toledo Corrêa.
Conforme Corrêa, 91% dos respondentes da pesquisa apontaram que a reforma trabalhista de 2017 “trouxe efeitos positivos para as empresas”. Apenas 9% responderam ‘que não trouxe efeitos positivos’. “Os números da pesquisa comprovam “que essa reforma trabalhista trouxe enormes benefícios para a economia, trabalhadores e empregadores”, observa Corrêa.
O diretor do Ciesp Campinas explica que a Sondagem de abril, quando comparada com o mês anterior, em relação ao volume de produção, aumentou para 28% das associadas, permaneceu estável para 36% delas e diminuiu para 36% das respondentes. O faturamento das associadas da entidade, na mesma comparação, diminuiu para 55% delas, ficou estável para 27% e aumentou para 18%. Já o número de funcionários no período permaneceu estável para 91% das empresas, aumentou para 9% delas e nenhuma empresa diminuiu.
O nível de utilização da capacidade instalada de produção da indústria da região de Campinas, em abril ficou entre 70,1% e 100% para 36% das respondentes, enquanto em março esse mesmo nível foi apontado por 48% das empresas.
O Ciesp-Campinas conta com 590 empresas associadas, distribuídas em 19 municípios da região. O faturamento conjunto das empresas associadas é de R$ 53 bilhões ao ano. Conjuntamente essas empresas empregam 97.954 colaboradores.
Balança Comercial Regional
Em relação aos números da Balança Comercial Regional, o diretor do Departamento de Comércio Exterior do Ciesp-Campinas, Anselmo Riso, informa que em março de 2023 o valor exportado foi de US$ 322 milhões – 6,2% maior que em março de 2022.
Já as importações no mesmo mês foram de US$ 1,021 bilhão – 7,4% menor do que em março do ano passado. O saldo em março de 2023 foi negativo em US$ 699,7 milhões – 12,6% menor do que o registrado em março de 2022.
A corrente de comércio exterior regional (soma das exportações e importações) em março de 2023 foi de US$ 1,343 bilhão – 4,5% menor que em março do ano passado.
Em março de 2023 os principais municípios exportadores da Regional Campinas do Ciesp foram, pela ordem, Campinas (33,4%), Paulínia (22%), Sumaré (12,4%), Mogi Guaçu (9,1%) e Valinhos (5,2%).
Já os municípios que mais importaram foram Paulínia (37,8%), Campinas (31,6%), Hortolândia (7,6%), Jaguariúna (6,7%) e Sumaré (5,4%). O percentual do município refere-se a sua participação em relação ao total da Regional no Balanço Mensal.
Os principais destinos das exportações da indústria regional em março deste ano foram Estados Unidos (US$ 73,6 milhões – 22,9%), Argentina (US$ 50,4 milhões – 15,7%) e México (US$ 16,2 milhões – 5%). Já os principais países de origem das importações para a região foram China (US$ 304,7 milhões – 29,8%), Estados Unidos (US$ 144,9 milhões – 14,1%) e Alemanha (US$ 69,8 milhões – 6,8%).