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Artigo: Não descanse em paz! por Joaquim   Z.   Motta

Redação Por Redação
8 de agosto de 2025
em Opinião
Tempo de leitura: 4 mins
A A
Artigo: Não descanse em paz! por Joaquim   Z.   Motta

Foto: Freepik

Muitos locais que registram a memória do falecimento das pessoas servem-se da sigla latina “Requiescat in Pace” (ou a abreviação R I P). Ela ainda é usada em latim, o que ocorre desde o século IV, e segue se atualizando em vários idiomas. Em português, poderia ser traduzida como “Repouse em Paz” ou “Descanse em Paz”, como é mais conhecida.

Então, gravarmos “Descanse em Paz” nos obituários e nos túmulos parece, em primeiro plano, uma homenagem devida e respeitosa àquele que morreu, que teria se afastado das aflições terrenas, das dificuldades que tiram o sossego dos vivos.

O professor e escritor norte-americano Gary Laderman mostrou como a frase se popularizou, abrindo crítica a ela, debatendo razões teológicas e culturais sobre a vida após a morte, em diferentes sociedades.

A paz, convenhamos, tem alguma coerência. Afinal, para o falecido, terminaram as angústias e os temores.

No entanto, para os adeptos das religiões monoteístas, que representam a grande maioria da população do mundo, vamos observar algumas contradições.

Dos atuais aproximadamente 8 bilhões e 230 milhões habitantes da Terra, mais da metade (cerca de 56%) segue as religiões monoteístas (Cristianismo, Islamismo e Judaísmo). Essa maioria mundial distribui-se assim: cerca de 1 bilhão e 400 milhões de católicos, 500 milhões de evangélicos, 14 milhões de espíritas e 1 bilhão e 900 milhões de muçulmanos. Os judeus estão em torno de 15 milhões.

Como dado curioso, o número de não religiosos no mundo chega a uma estimativa de 1 bilhão e 100 milhões de pessoas. Os monoteístas, tanto os de âmbito ocidental quanto os do setor oriental, definem uma sequência semelhante para os seus fiéis, depois do falecimento.

Os católicos falam em um juízo particular, definido à hora da morte, e um juízo final, a se realizar depois da ressurreição. O primeiro seria entre o indivíduo e Deus; o segundo aconteceria depois da ressurreição de todos, em revelação coletiva. Há uma possibilidade de conseguir, no Juízo Final, um resultado melhor do que o do particular.

Os evangélicos têm várias ramificações derivadas do protestantismo histórico. A maior parte dessas denominações evangélicas acredita que, no momento da morte, a alma do crente vai imediatamente para a presença de Cristo. Há também a crença na ressurreição dos mortos no Dia do Juízo Final, quando os corpos serão reunidos com as almas, com alguma chance de perdão último até para os condenados logo na primeira conexão com Cristo.

Os espíritas projetam um decurso complexo, o espírito evoluindo nas diversas reencarnações, em verdadeiro exercício anímico dedicado e exigente.

Os islâmicos, logo após a morte corporal, terão suas almas experimentando uma vida na própria sepultura.  Para os crentes em Alá, o túmulo se expande e se torna lugar de paz, luz e conforto, até o Dia da Ressurreição. Eles podem até mesmo prever uma visão de seu lugar no Paraíso.

Para os descrentes ou pecadores, o túmulo se contrai, tornando-se local de tormento e escuridão. E eles podem antecipar uma visão de seu lugar no Inferno.

Dois anjos visitam o falecido no túmulo e fazem três perguntas fundamentais: 1) “Quem é seu Senhor?”; 2) “Qual é sua religião?”; 3) “Quem é seu profeta?”. As respostas corretas preparam o destino da alma do crente islâmico que se definirá no Dia do Juízo Final.

Portanto, as almas dos crentes monoteístas, a grande maioria dos terráqueos, depois da morte corporal, terão muito trabalho pela frente. Não conseguirão mesmo descansar em paz. Nem teria cabimento um descanso mortal, pois o resultado essencial é ultrapassar o portal do Paraíso.

Aliás, à medida que as promessas sobre a eternidade no Éden sugerem muita enlevação espiritual como também satisfação física (se não, para que serviria a ressurreição?), qualquer repouso estragaria o prazer…

Por isso, seria interessante um levantamento sobre a importância da substância corporal no Éden. Teríamos um desenho comparativo, uma escala baseada na materialidade crescente nos Paraísos das três religiões, com o Judaísmo sendo o mais espiritual, o Cristianismo no meio-termo e o Islamismo com as descrições mais sensoriais e vívidas.

Vejamos um “Grau de Materialidade” nas descrições do Paraíso: 1) O Judaísmo teria mais foco na espiritualidade, no estado de conexão com Deus e no culto do Torá. 2) No Cristianismo, os crentes abençoados estão no Céu, primordialmente um estado de visão beatífica (contemplação de Deus) e comunhão espiritual. No entanto, há descrições sugestivas de imagens estéticas e de âmbito material (ruas de ouro, portões de pérolas). E também indica “corpos glorificados”, representando uma elevada dimensão física. 3) O Islamismo exibe descrições vívidas, sensoriais. O Alcorão relaciona rios de mel e vinho, frutas, roupas de seda e ouro e a companhia de seres puros como as húris, virgens oferecidas a homens premiados por suas boas ações em vida. A oferta pode parecer muito machista, mas o livro sagrado islâmico enfatiza que o Paraíso é um lugar onde as almas terão “tudo o que desejam” e “o que deleita os olhos”. Isso significa que as mulheres terão seus anseios mais profundos satisfeitos de outras formas.

Portanto, os crentes monoteístas podem manter o protocolo do R I P, que é uma homenagem cerimoniosa e delicada aos seus falecidos, mas devem expectar muito menos paz e muito mais esforços de suas almas na sequência póstuma…

Os descrentes poderiam simplesmente indicar ao seu falecido: “Terminou a vida. Que tuas memórias contribuam para a paz”.

 

Joaquim Z. Motta é psiquiatra,  sexólogo  e  escritor.

Tags: ArtigocrençasféHora CampinasOpiniãoreligiãosociedade
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