Para quem os cigarros eletrônicos?
Por que não se arquiva de vez o nefasto Projeto de Lei 5.008/23 – que visa à legalização da mentira com cor, cheiro e sabor?
O “vape” arrasa com a saúde bucal dos seus usuários, segundo bem conduzido estudo pela Unesp e parceiros internacionais. [v. link abaixo — da Agência Fapesp]
Cigarro eletrônico não é e nunca será “tratamento” para o tabagismo!
E sim:
a) um formato tecnológico perversamente desenhado para a iniciação [de quem nunca passou perto de cigarros convencionais!] ao consumo dos mui “viciantes” [aditivos] sais de nicotina;
b) uma nova forma de associar a nicotina ao consumo do álcool! Câncer ao quadrado;
c) uma arma química “plugável” de destruição em massa e que pode ser escondida na palma da mão.
Da reportagem acerca da pesquisa:
“(…) jovens que usavam cigarros eletrônicos relataram altas taxas de consumo de álcool: 76% dos participantes relataram uso concomitante dos dois produtos. Além disso, 52% declararam que o consumo de álcool aumentou sua frequência de uso de cigarros eletrônicos. Como é sabido, o consumo de bebidas alcoólicas e o tabagismo são fatores de risco para várias doenças, entre elas o câncer oral. “O álcool atua na membrana celular, deixando a mucosa mais permeável e suscetível à ação das substâncias nocivas”, diz (a Professora Doutora Janete) Almeida.”
“Ainda segundo o estudo, apenas 24% dos participantes eram ex-fumantes de cigarro convencional; eles fumavam cigarros eletrônicos por pelo menos 2,13 anos (sendo que 52% usaram os dispositivos diariamente e 60% de sete a dez vezes por dia); os cigarros com sabores frutados/doces eram os mais consumidos, seguidos por sabores mentolados.”
Ademais, sabemos de cor há tempos: o “vape”, afora um arsenal de produtos cancerígenos que lhe são próprios, pode ser carregado com THC [droga psicotizante — presente na Cannabis], anfetaminas, opiáceos, etc..
Que triste o destino da juventude na mão dos predadores eletrônicos.
Sem sorriso largo e a passos largos para a dependência e morte.
Guilherme Athayde Ribeiro Franco é Promotor de Justiça de Campinas, Especialista em Dependência Química e Associado da APMP e da ABEAD











